Fundos de ações superam multimercados em captação em junho pela primeira vez

No primeiro semestre do ano, a indústria de fundos de investimento registrou um patrimônio líquido recorde de R$ 5 trilhões

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O otimismo com a reforma da Previdência, de uma retomada econômica e a consequente valorização de 14,8% do Ibovespa no primeiro semestre de 2019 levou investidores a diversificarem estratégias e a apostarem em aplicações mais arrojadas – pelo menos entre os fundos de investimento. É o que mostra um levantamento divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Após bater o recorde de R$ 5 trilhões sob gestão em junho, a indústria encerrou os seis primeiros meses do ano com uma captação líquida de R$ 130,8 bilhões, alta de 186,5% em relação ao mesmo intervalo de 2018. Desses, R$ 23,5 bilhões ficaram com os fundos de ações, classe que superou os multimercados em captação pela primeira vez (R$ 17,6 bilhões dos multimercados, ante R$ 33,8 bilhões no primeiro semestre do ano passado).

“O movimento de alta dos fundos de ações reflete uma tendência do mercado em 2019. Os investidores têm buscado esses produtos para a diversificação de seus portfólios”, afirma Carlos André, vice-presidente da Anbima.

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Em volume, os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) lideraram as entradas líquidas até junho, com R$ 54,1 bilhões. Neste caso, contudo, o avanço foi marcado pelo movimento pontual de um único produto da classe.

Ainda entre as captações no período, a dos fundos de previdência atingiu R$ 15,3 bilhões, enquanto os de renda fixa reverteram os resgates líquidos de R$ 11,8 bilhões no primeiro semestre de 2018, para um saldo positivo de R$ 13,4 bilhões neste ano.

Rentabilidade

A alta do Ibovespa nos seis primeiros meses do ano contribuiu para maiores ganhos em fundos de ações: média de 20,48% no tipo “Investimento no Exterior” (que deve dedicar parcela superior a 40% do patrimônio líquido a ativos financeiros no exterior) e de 17,97% no Índice Ativo (cuja gestão tem o objetivo de superar o benchmark, como o Ibovespa).

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Fundos de dividendos também se destacaram, com valorização de 20,5%, seguindo o movimento de alta do Idiv, de 18,67%.

Na classe de renda fixa, fundos classificados pela Anbima como “alta soberano” (que investem apenas em títulos públicos) ficaram em evidência após apresentarem ganhos de 11,5%. No mesmo período, o CDI teve variação de 3,07% e o IMA-B, referência de desempenho de títulos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+), acumulou alta de 15,21%.

Já entre os multimercados, os de estratégia macro foram destaque, com ganhos de 6,3%, ante 3,8% no primeiro semestre de 2018.

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