Fundos de ações e multimercados têm 3º mês de resgates, enquanto carteiras de renda fixa captam R$ 27 bi, diz Anbima

Ao todo, a indústria de fundos de investimento encerrou novembro com captação líquida da ordem de R$ 40 bilhões

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

Publicidade

O aumento das incertezas tanto no cenário doméstico quanto no internacional, somadas ainda ao aumento da taxa básica de juros, a Selic, tem levado investidores brasileiros a ampliarem suas apostas no mercado de renda fixa e reduzirem a exposição a ativos de risco. É o que mostra levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Segundo dados compilados até 30 de novembro, os fundos de ações e multimercados tiveram mais um mês de fortes resgates, com saída líquida de R$ 6,1 bilhões e R$ 4,8 bilhões, respectivamente. Este foi o terceiro mês consecutivo de saídas maiores que entradas para ambas as classes.

No ano, os fundos de ações também têm captação negativa de R$ 426,4 milhões, enquanto os multimercados seguem no positivo, com R$ 67,4 bilhões.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Destaque em novembro, os fundos de renda fixa tiveram captação líquida de R$ 26,8 bilhões, acima dos R$ 10,6 bilhões registrados em outubro.

Isso porque com juros no maior patamar desde 2017 – e com projeções de a Selic chegar aos 11,25% em 2022, segundo o mais recente relatório Focus, do Banco Central – investidores têm apostado em estratégias de renda fixa que têm entregado retornos vantajosos e maior segurança.

Ao todo, a indústria de fundos de investimento encerrou novembro com captação líquida da ordem de R$ 40 bilhões. No ano, o montante também é positivo, em R$ 463,12 bilhões, sendo a renda fixa responsável por R$ 275,2 bilhões desse total.

Continua depois da publicidade

Contribuíram ainda para o resultado do mês passado os Fundos de Investimento em Direito Creditório (FIDC), que somaram captação líquida de R$ 23,1 bilhões – a maior em pelo menos 12 meses. Destaque ainda para os fundos de índice (ETF), que captaram R$ 1,2 bilhão no último mês.

Já os fundos cambiais tiveram saída líquida de R$ 325,3 milhões e os fundos de previdência, de R$ 246 milhões.

Rentabilidade

Em novembro, o destaque de rentabilidade ficou por conta dos fundos de previdência “renda fixa data alvo”, com ganhos médios de 3,39%, seguidos pelos “Previdência Renda Fixa Duração Alta Crédito Livre”, com retorno de 3,31%, segundo os dados da Anbima.

Na renda fixa, os melhores desempenhos ficaram com as subcategorias “duração alta soberano” e “indexados”, com retornos de 3,03% e 2,40%, respectivamente.

Nos fundos de ações, apenas dois grupos não tiveram perdas no último mês: “Ações FMP-FGTS” (2,04%) e Fundo Mono Ação (1,65%).

Quer sair da poupança? Em curso gratuito, especialista em renda fixa da XP mostra como receber até 200% acima da poupança tradicional, sem abrir mão da simplicidade e segurança!