Fundos imobiliários fecham dia praticamente estáveis, com leve alta de 0,04%

O destaque do dia ficou para o General Shopping (FIGS11), com elevação de 2,28%

Wellington Carvalho

Publicidade

O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (9) praticamente estável, com leve alta de 0,04%, aos 2.763 pontos. O destaque do dia ficou para o General Shopping (FIGS11), com elevação de 2,28%. Confira os demais destaques do dia ao longo do Central de FIIs.

Pivô de uma polêmica que movimentou o segmento de fundos imobiliários em janeiro, o Maxi Renda confirmou, durante apresentação de resultados nesta terça-feira (8), que terminou o ano passado no azul. Desta forma, o fundo afirma que não se enquadraria no recente parecer da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), caso o entendimento venha a ser aplicado.

Por maioria de votos, o colegiado da CVM entendeu, no final do ano passado, que um fundo imobiliário não poderia distribuir mais dividendos do que o lucro acumulado pela carteira. Em caso de prejuízo contábil, o rendimento deveria ser suspenso ou repassado em forma de amortização, ou seja, devolução de patrimônio.

Série exclusiva

Renda Extra Imobiliária

Descubra o passo a passo para viver de renda e receber seu primeiro aluguel na conta nas próximas semanas, sem precisar ter um imóvel

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A análise teve como base as demonstrações financeiras do Maxi Renda, entre 2014 e 2020, período em que o fundo chegou a apresentar prejuízo contábil e, mesmo assim, seguiu com a distribuição de dividendos.

Em conferência com investidores para apresentação do resultado em 2021, André Masetti, gestor do Maxi Renda, informou ao mercado que o fundo fechou o ano passado com resultado acumulado positivo em R$ 4 milhões.

“Fechamos 2021 com caixa muito baixo, mas positivo. Por volta de um por cento do patrimônio líquido. Portanto é um caixa para distribuição de rendimentos e pagamento de despesas”, detalha Masetti.

Continua depois da publicidade

O gestor lembra que o resultado ainda passa por auditoria e, se confirmado, o fundo não precisaria fazer retenções na distribuição de dividendos, caso o entendimento da CVM venha a ser implementado.

Na semana passada, a autarquia aceitou o pedido de efeito suspensivo para a decisão e tornou temporariamente sem efeito as implicações do questionamento. A CVM aguarda agora o pedido de reconsideração por parte do fundo, que deverá ser protocolado nos próximos dias, promete Masetti.

Maiores altas desta quarta-feira (9):

Continua depois da publicidade

Ticker Nome Setor Variação (%)
FIGS11 General Shopping Shoppings 2,28
PVBI11 VBI Prime Properties Lajes Corporativas 1,88
PATL11 Pátria Logística Híbrido 1,74
GGRC11 GGR Covepi Renda Logística 1,5
TEPP11 Tellus Properties Lajes Corporativas 1,3

Maiores baixas desta quarta-feira (9):

Ticker Nome Setor Variação (%)
PORD11 Polo Recebiveis Títulos e Val. Mob. -2,12
KFOF11 Kinea FoF Títulos e Val. Mob. -1,49
KISU11 KILIMA Títulos e Val. Mob. -1,29
BPFF11 Brasil Plural Absoluto Títulos e Val. Mob. -1,28
ARCT11 Riza Arctium Real Estate Híbrido -1,1

Fonte: B3

Rio Bravo HY quer captar R$ 40 milhões em nova oferta de cotas; Rio Bravo Renda Educacional desiste de comprar cinco imóveis

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

Publicidade

Rio Bravo Crédito Imobiliário ([ativo=RBHY]) quer captar R$ 40 milhões em nova oferta de cotas

O fundo Rio Bravo Crédito Imobiliário High Yield aprovou a realização da terceira emissão de cotas da carteira e pretende captar até R$ 40 milhões.

De acordo com fato relevante divulgado nesta terça-feira (8), o preço unitário das novas cotas foi fixado em R$ 99,87, já considerando a taxa de distribuição, de R$ 2,52.

No fechamento da sessão de ontem, o papel foi negociado a R$ 99,98, com queda de 0,14%.

Continua depois da publicidade

Segundo o Rio Bravo Crédito Imobiliário, o recurso captado na oferta será usado para a aquisição de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) com as seguintes características.

Os atuais cotistas poderão exercer o direito de preferência na oferta entre os dias 15 de fevereiro e 2 de março de 2022. O fator de proporção é de 25%.

Rio Bravo Renda Educacional (RBED11) desiste de compra de cinco imóveis

Em comunicado ao mercado nesta terça-feira (8), o fundo Rio Bravo Renda Educacional informou que desistiu da compra de cinco imóveis educacionais anunciada no ano passado.

Publicidade

Em agosto de 2021, o fundo havia assinado compromisso para a aquisição dos espaços localizados em Minas Gerais, Rio de Janeiro e em Goiás. Os imóveis compreendem uma área bruta locável (ABL) de aproximadamente 41 mil metros quadrados e os contratos de locação vigentes tinham prazos de vencimentos entre 2029 e 2040.

O fato relevante do Rio Bravo Renda Educacional, que comunica o distrato, não informa o motivo da decisão.

O valor total do negócio foi de R$ 180 milhões. Como adiantamento, o fundo havia desembolsado 1% do montante. O percentual será devolvido ao fundo em dez dias.

Giro imobiliário: IPCA sobe 0,54% em janeiro, maior alta mensal desde 2016, mas em linha com o esperado

A inflação oficial no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,54% em janeiro de 2021 na comparação com dezembro , conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (9), ante alta de 0,73% no mês anterior. Esse foi o maior resultado para o mês de janeiro desde 2016 (1,27%).

O dado foi praticamente em linha com o esperado. A estimativa de analistas consultados pela Refinitiv era de que o IPCA tivesse subido 0,55% em janeiro sobre dezembro e 10,39% contra um ano antes.  Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,38%, acima dos 10,06% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O resultado foi influenciado, principalmente, por alimentação e bebidas (1,11%), que teve o maior impacto no índice do mês (0,23 p.p.). “Foi a alimentação no domicílio (1,44%) que influenciou essa alta. Mais do que a alimentação fora do domicílio, que desacelerou de 0,98% para 0,25%. Os principais destaques foram as carnes (1,32%) e as frutas (3,40%), que embora tenham desacelerado em relação ao mês anterior, tiveram os maiores impactos nesse grupo, 0,04 p.p e 0,03 p.p, respectivamente”, explica o analista da pesquisa, André Filipe Almeida.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.