Fundo de Investimento em Participação é alternativa para juro baixo

Estes fundos podem ser constituído por ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis em ações

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – O governo tem feito de tudo para estimular a economia brasileira. Uma das medidas mais comentadas durante o ano foram os cortes consecutivos da Selic (taxa básica de juros), que no momento se encontra em 7,25% ao ano, menor número da série histórica. Essa mudança foi muito sentida no mundo dos investimentos, com a redução da rentabilidade de diversas aplicações de renda fixa.

Esse novo cenário tem feito com que instituições financeiras busquem captação com custos cada vez menores para emprestá-los, o que pode implicar em um maior risco aos investidores, principalmente quando se trata de bancos de segunda linha que propõe rendimentos bem maiores do que os usuais.

“Uma das aplicações que podem gerar alto retorno é o investimento no mercado de ações, mas deve ser efetuado somente por quem dispõe de recursos para o longo prazo”, afirma o Coordenador de Ciências Contábeis da FASM, Reginaldo Gonçalves.

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De acordo com o especialista, outro investimento que que tem uma rentabilidade melhor que outras aplicações e pode ser uma alternativa neste cenário  é o fundo de investimento em participações (FIP), que pode ser constituído por ações, debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis em ações e que participam do processo decisório da companhia na qual investem.

O grande problema desses investimentos é saber quem está gerindo a carteira e quais são os seus limites”, pontua o professor. Ele também lembra que os FIPs têm um prazo de resgate de, no mínimo, 5 anos, o que limita o investimento por parte de pessoas que não tem recursos para serem investidos em um longo prazo. Outra ressalva que Gonçalves faz é com base no fato de que esse fundo não é assegurado pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que garante até R$ 70 mil caso a instituição financeira quebre.

“Todo cuidado é pouco em uma situação em que a economia não apresenta aos investidores oportunidades de grandes ganhos. Qualquer opção diferente deve gerar desconfiança. Não há como as instituições assumirem pagamentos de rendimentos fora da realidade do mercado, buscando capitalizar-se. O risco de perda é grande para o poupador”, explica.