VINO11, TGAR11, BTLG11 e mais 9 FIIs “queridinhos” para aproveitar a recuperação do segmento de “tijolo”

Relatório do Santander destaca fundos de escritório e logística com forte potencial de valorização; fundos de shopping ficam de fora

Wellington Carvalho

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Em relatório intitulado “Os queridinhos da vez”, o analista de fundos imobiliários da Santander Corretora Flávio Pires recomenda a compra de 12 fundos de “tijolo”, que investem diretamente em imóveis e podem surfar na recuperação do segmento.

Em agosto, esses fundos – que investem nos segmentos de logística, escritórios e shopping centers, entre outros – subiram, em média, 11%, acima dos 5,76% registrado pelo Ifix, índice que reúne os FIIs mais negociados na B3.

Na avaliação de Pires, os FIIs de “tijolo” foram os mais prejudicados pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19 e pelo aumento dos juros no País. O segundo fator tornou as aplicações de renda fixa mais rentáveis, atraindo investidores da renda variável – inclusive os de fundos imobiliários.

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“Em diversos momentos, esses fundos tiveram sua relevância questionada frente ao futuro incerto para a ocupação de seus espaços, resultando em forte desvalorização das cotas”, explica Pires. Contudo, com o indicativo do fim do ciclo de elevação da taxa Selic e uma inflação que sinaliza arrefecimento, os investidores começam a buscar FIIs que estavam sendo negociados abaixo do valor patrimonial, segundo o analista.

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Considerando a precificação das cotas, a qualidade dos ativos, o potencial de valorização e a resiliência dos imóveis e inquilinos, o analista observa com mais atenção três tipos de fundos: os híbridos, os de logística e os de escritórios.

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FIIs híbridos

Na visão de Pires, o segmento de FIIs híbridos tem o maior potencial de crescimento diante das características apresentadas por essa classe de fundo. O analista lembra que a diversificação do portfólio – com o investimento em mais de um tipo de ativo – ajuda esse tipo de carteira a se adaptar aos diferentes ciclos do mercado imobiliário. Portanto, eles podem se beneficiar do cenário atual.

Diante da flexibilidade dessa classe de fundos imobiliários, quatro chamam atenção de Pires. São eles:

FIIs de logística

Os FIIs de logística seguem acompanhando o bom momento do setor, que se fortaleceu com a expansão do comércio eletrônico durante a pandemia da Covid-19. De acordo com Pires, a busca por galpões para atender à demanda do e-commerce segue aquecida, o que beneficia os FIIs de logística. No radar do analista, cinco fundos se destacam:

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FIIs de escritório

Pires chama atenção para a taxa de vacância do segmento de lajes corporativas em São Paulo (SP), referência para o setor, que fechou o segundo trimestre de 2022 em 22,5%. É o menor percentual desde 2020.

“Com o aumento da demanda por espaços em uma dinâmica de trabalho mais híbrida [parte presencial e parte home office], os gestores informaram que a procura por locações está crescendo”, afirma o analista do Santander, que elenca três fundos para aproveitar a possível recuperação dos escritórios:

Pires pondera que também gosta do segmento de fundos imobiliários de shopping centers. No entanto, afirma que os FIIs do setor já apresentaram uma recuperação mais forte e, historicamente, têm um retorno com dividendos menor do as carteiras híbridas ou ligadas aos segmentos logístico e de escritório

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No mês passado, o BC Fund (BRCR11) foi o destaque do mês entre os fundos imobiliários que compõem o Ifix. Com ganhos de 24,85%, a carteira liderou a lista das maiores altas do período.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.