DEVA11 sobe mais de 2% e lidera as altas do pregão, mas Ifix fecha estável

Apesar da valorização, fundo acumula queda de 17% no mês e de 46,8% em 2023

Ana Paula Ribeiro

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E o Devant DEVA11 deu um leve respiro na sessão de hoje e fechou em alta, após cinco quedas consecutivas. Isso não foi suficiente, no entanto, para deixar o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa em território positivo. O indicador fechou a sessão desta quarta-feira (26) estável, aos 2817 pontos.

As cotas do DEVA11 fecharam em alta de 2,32%, terminando a sessão cotadas a R$ 46,37. A leve alta vem após o tombo de 3,05% no pregão anterior. Foram cinco quedas consecutivas. Só no mês a desvalorização é de 17% e, no ano, de 46,8%.

O DEVA11 é um dos fundos que compraram CRIs (certificados de recebíveis imobiliários) de empresas que fazem parte do Grupo Gramado Parks.

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Desde a divulgação dos problemas de inadimplência nesses CRIs, no final de março, as cotas desse FII perderam valor de forma expressiva. E há justificativa para isso. O fundo informou que em março estava com 70,8% da carteira de recebíveis adimplente. Esse percentual, em fevereiro, era de 94,3%.

O pregão também contou com a valorização de 0,16% das cotas do Riza Arctium RZAT11, que anunciou que já tem três imóveis no radar para comprar, a depender o resultado da oferta de novas cotas, que pode movimentar até R$ 121 milhões.

Segundo relatório referente ao mês de março, a gestão do fundo comunica que a estratégia é buscar, ainda em 2023, um rendimento para a carteira equivalente a IPCA mais 10% ao ano.

“Nossa estratégia agora segue a de prospectar boas empresas, investir na compra de seus imóveis e locá-los a taxas acima de IPCA+10% a.a., fazendo com que, ainda dentro de 2023, a carteira atinja pelo menos a taxa média dos mesmos IPCA+10% a.a”, segundo o documento.

Para atingir esse objetivo, o fundo anunciou uma nova emissão de cotas e espera levantar até R$ 121 milhões. Esse valor se aproxima do montante necessário para comprar três ativos que já foram prospectados.

“Conforme fato relevante de 12 de abril, a gestora contratou a Genial para efetivar a 7ª Emissão de Cotas do Riza Arctium de até R$ 121 milhões. Tal emissão acontece no momento em que a gestora já detém 3 ativos prospectados que somam valor de compra muito próximo ao da emissão, a uma taxa média de IPCA+10,5% a.a.. Vale destacar que o respectivo road show deve ter início somente no mês de maio e que a liquidação financeira deste novo follow-on deve se realizar somente no início do próximo semestre.”

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O fundo conta atualmente com dez ativos e oito locatários diferentes. A taxa média dos contratos está superior a IPCA mais 9,2% ao ano.

Nove dos dez ativos são do modelo sale & leaseback, ou seja, o fundo comprou os imóveis e os aluga para os antigos proprietários. Apenas um imóvel é no formato built-to-suit, em que os valores referentes à compra do imóvel continuam a ser liberados conforme etapas pré-definidas da obra. Esse imóvel deve ser entregue no segundo trimestre de 2023.

O RZAT11 conta com 38.504 cotistas.

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Maiores altas desta quarta-feira (26):

Ticker Nome Setor
Variação (%)
Devant
Títulos e Val. Mob. 2,32
XP Log
Logística
2,10
Malls Brasil Plural
Shoppings
1,95
Bresco Logística Logística 1,80
Cartesia Recebíveis Imobiliários Títulos e Val. Mob. 1,69

Maiores baixas desta quarta-feira (26):

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Ticker Nome Setor
Variação (%)
Tellus Properties Lajes Corporativas
-2,00
Hospital Nossa Senhora de Lourdes Hospital
-1,87
Vinci Logística Logística
-1,62
CSHG Real Estate
Lajes Corporativas
-1,58
BTG Pactual Terras Agrícolas
Agro
-1,49

Fonte: B3

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GGRC11 recebe mais uma parcela referente à venda de ativo; FINF11 faz comunicado sobre precificação

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

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GGRC11 recebe mais uma parcela referente à venda de ativo

O fundo GGR Copevi Renda GGRC11 recebeu R$ 4,2 milhões referente à terceira parcela de venda do ativo Jefer. Esse valor já está acrescido de reajuste, segundo fato relevante divulgado pela administradora Capital Markets na noite de terça-feira (25).

O ativo alvo da transação é um galpão logístico localizado em Betim (MG) e o preço divulgado à época do anúncio, em março, foi de R4 45 milhões. A aquisição foi feita pela Jefer Produtos Siderúrgicos, que já era locatária do espaço.

O FII é voltado para o investimento em imóveis comerciais, em especial nos segmentos industrial e logístico. A finalidade é a locação chamada de atípica (built to suit, retrofit ou saleleaseback) ou venda.

FINF11 comunica precificação de ativo

O fundo Infra Real Estate (FINF11) comunicou a atualização da precificação de ativos referente a setembro de 2022.

Segundo a Trustee, administradora do FII, em 6 de setembro de 2022 o FINF11 recebeu dividendos referente ao ativo Rio Jacutinga Participações no valor de R$ 230 mil e houve um impacto na reprecificação do ativo. O valor ficou em R$ 18 milhões.

“Sendo assim, foi necessário o reprocessamento da carteira do fundo, referente ao período de 06/09/2022 a 05/04/2023, tendo em vista o determinado pela Comissão de Valores
Mobiliários (“CVM”), no âmbito do Processo Administrativo nº 19957.004079/2017-23, devendo manter a precificação do ativo em R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões de reais), já de conhecimento dos cotistas”, segundo fato relevante divulgado na noite de terça-feira (25).

[ativo=SPMO11] faz emissão de cotas

A assembleia geral extraordinária do Supremo [ativo=SPMO11] aprovou a emissão de 8,19 milhões de cotas, ao preço de R$ 100 cada, o que totaliza R$ 819 milhões. Segundo a BR Capital, administradora do fundo, isso dá início ao processo de distribuição da segunda emissão de novas cotas, que terá uma colocação privada destinada aos atuais cotistas.

O direito de preferência para os atuais cotistas foi encerrado em 24 de abril.

Durante o período de preferência, não foram subscritas cotas e todas as cotas da segunda emissão foram canceladas.

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Giro Imobiliário: Inflação da construção e sentimento do empresário

INCC de abril desacelera em 12 meses

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou a 0,23% em abril, ante alta de 0,18% em março, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa acumulada em 12 meses pelo indicador passou de 8,17% para 7,48%.

A aceleração do INCC-M foi puxada pelo componente Materiais, Equipamentos e Serviços (0,09% para 0,23%), enquanto Mão de obra desacelerou (0,27% para 0,23%).

As principais influências de alta sobre o INCC-M de abril foram tubos e conexões de PVC (-1,13% para 4,20%), ajudante especializado (0,33% para 0,25%) e elevador (0,80% para 0,63%), seguido por refeição pronta no local de trabalho (0,03% para 1,47%) e metais para instalações hidráulicas (0,39% para 0,90%).

Em contrapartida, puxaram o resultado para baixo os itens vergalhões e arames de aço ao carbono (-1,73% para -2,49%), argamassa (0,18% para -0,34%) e madeira para telhados (0,83% para -0,63%), seguido por placas cerâmicas para revestimento (0,91% para -0,89%) e condutores elétricos (0,40% para -0,34%).

Confiança na construção

O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu um ponto em abril, chegando a 95,4 pontos, informou nesta quarta-feira (26) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“A confiança das empresas da construção avançou influenciada tanto pela percepção em relação à situação corrente, quanto pelas expectativas, mas ainda sem recuperar o patamar de outubro do ano passado”, afirma a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, em nota.

Castelo destaca a melhora das expectativas dos empresários nos segmentos de Edificações Residenciais e de Obras Viárias, com ênfase para o mercado imobiliário, que segundo ela tem mostrado grande resiliência e sustentado o aumento nas vendas de imóveis novos, a despeito da piora nas condições de crédito.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) subiu 1,9 ponto porcentual, para 79,8%, o maior desde agosto de 2014 (80,4%). Nas aberturas, o Nuci de Mão de Obra avançou 2,1 pp, para 81,0%, enquanto o Nuci de Máquinas e Equipamentos avançou 2,3 pp, a 75,9%.

Prévia da inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do País, subiu 0,57% em abril, mantendo a tendência de desaceleração após ter alcançado 0,76% em fevereiro e 0,69% em março, informou nesta quarta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O dado ficou abaixo da estimativa dos analistas do mercado financeiro, uma vez que o consenso Refinitiv apontava para inflação de 0,61%

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,16%, abaixo dos 5,36% observados nos 12 meses até março. Nessa leitura, o consenso dos analistas estava em 4,20%.