Fiagros têm captação tímida após “bonança” em dezembro – mas emissões atraem gestores

Pessoas físicas continuaram a responder pelo maior percentual dos subscritores nas ofertas, mas chama atenção o aumento da participação de fundos em janeiro

Bruna Furlani

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As captações líquidas (diferença entre aportes e resgates) de fundos de investimento que investem nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) chegaram a R$ 20,5 milhões em janeiro.

Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (20) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O volume é bem melhor do que os saques líquidos de R$ 15,2 milhões registrados um ano antes, mas representa um recuo em relação a dezembro, quando as entradas líquidas chegaram a R$ 572,3 milhões.

Os Fiagros-FIDC, que alocam em direitos creditórios, foram responsáveis pela maior captação líquida do período, com R$ 41,6 milhões, enquanto os Fiagros-FIP, que investem em participações de sociedades, contabilizaram entradas líquidas de R$ 300 mil. Já os Fiagros-FII, que aplicam em ativos imobiliários, tiveram uma saída líquida de R$ 21,3 milhões nesse intervalo.

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Emissões e maior participação de fundos

Em janeiro, a indústria de Fiagros observou três ofertas públicas que levantaram R$ 75,4 milhões. As emissões de cotas de Fiagros-FIIs registraram um volume de R$ 65,95 milhões e os Fiagros-FIDCs somaram R$ 9,45 milhões nesse período. Não houve emissões de Fiagros-FIPs no período.

Entre os subscritores das ofertas, as pessoas físicas continuaram a responder pelo maior percentual, com 58% de participação. Por outro lado, chama atenção o crescimento de fundos de investimentos como subscritores, que chegou a 25% em janeiro, contra 14% em dezembro.