Ex-secretário do Tesouro abre negócio de gestão de fortunas

Uma das estratégias da Oriz, de acordo com fontes, é cuidar de emissões no mercado de capitais, de renda fixa e outros produtos

Estadão Conteúdo

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O ano sabático de Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro e ex-economista-chefe do Banco Safra e da ASA Investments, durou pouco. Nos últimos meses, além de cuidar de sua vinícola, ele vem se dedicando a montar a Oriz. Alusão a “horizonte”, o novo projeto vem sendo chamado nos corredores da Faria Lima, onde vai ficar sua sede, como um “hub de negócios” ou uma companhia de gestão de fortunas, que cuida não só do dinheiro dos milionários, mas de seus bens menos líquidos, como imóveis e empresas.

A empreitada, que começou a ganhar forma em março e abril, atraiu logo de cara a XP, que virou sócia minoritária do projeto. Também conquistou alguns executivos de peso de outras instituições financeiras. Contratações de funcionários estão em curso, enquanto o andar inteiro alugado na Faria Lima para a sede da empresa é reformado.

Uma das estratégias da Oriz, de acordo com fontes, é cuidar de emissões no mercado de capitais, de renda fixa e outros produtos. Aí as novas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para as ofertas públicas, que entram em vigor em janeiro, vão ajudar muito, pois não vai precisar mais a figura de um banco de investimento para coordenar as ofertas.

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Nesse sentido, a Oriz pode fornecer um serviço completo ao cliente, de gestão do patrimônio a capitalização de sua empresa, como faz um banco, mas de forma mais personalizada, por conta de sua estrutura menor e mais flexível.

Kawall deixou o ASA Investments em fevereiro, para se dedicar ao negócio de produção de vinho, após uma carreira de mais de 40 anos no mercado financeiro, que inclui ainda uma passagem como economista-chefe do americano Citi. Ele e sua mulher têm uma vinícola em Mendoza, na Argentina. O ASA foi criado em 2019 por Alberto Safra, que naquele momento deixou os negócios no banco e resolveu montar sua própria gestora.