Especialista em “ativos estressados”, Jive Investments vê novo ciclo de oportunidades

Ao observar cenário macro, gestora mira destravar valor, gerar retornos resilientes a ciclos econômicos e incorporar múltiplas estratégias nos fundos

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Guilherme Ferreira, sócio da Jive Investments

A Jive Investments, gestora com foco em “ativos estressados”, vê um cenário macro favorável à aquisição deste tipo de ativos, especialmente pela deterioração de indicadores de inadimplência e endividamento além da pressão de juros e inflação.

“O elevado nível de endividamento de empresas e pessoas físicas, resultado do acesso a créditos por juros baixos após anos de pandemia e queda nos rendimentos, está gerando uma nova onda de inadimplência que já impacta os balanços dos bancos”, comenta Guilherme Ferreira, sócio da gestora.

Este contexto, composto da inflação alta que reduz a margem das empresas combinada com a forte elevação de juros básicos, hoje em 13,75% ao ano[1], pode ser favorável à aquisição de direitos creditórios.

Esses créditos inadimplidos, ou com maior potencial de inadimplência, são chamados de distressed assets ou “ativos estressados”, cujo mercado brasileiro ainda é relativamente menor quando comparado com os EUA.  “O Brasil está pelo menos uma década atrás de mercados desenvolvidos como o norte-americano, mas o bom desempenho tem ajudado o produto a ganhar espaço”, comenta Ferreira.

De acordo com Ferreira, “além da inadimplência nos bancos estar aumentando, a perspectiva de baixo crescimento do PIB em 2023 – de acordo com o Relatório Focus do BCB – não ajuda na recuperação do crédito. É nesse cenário que a Jive, uma das gestoras pioneiras do segmento espera encontrar novas oportunidades de negócio.”

Guilherme Ferreira explica que os fundos distressed da Jive são compostos por cinco categorias de ativos: carteira de crédito atrasado de empresas, ativos judiciais (precatórios e direitos creditórios), ativos imobiliários com problemas e as mais recentes iniciativas, o crédito estruturado para empresas que estão saindo de crises (o Special Situations), e o financiamento de litígios, muito comum nos Estados Unidos e na Inglaterra, onde se denomina litigation finance.

“Todos os fundos são compostos por ativos destas diferentes classes, o que nos dá liberdade para compor o portfólio aproveitando condições de mercado e macro para buscar o melhor retorno para o cotista”, explica o sócio da Jive.

Na visão de Ferreira, a tendência do mercado de distressed no Brasil é manter o forte crescimento dos últimos anos, tanto pelas oportunidades geradas pelo cenário macroneconômico atual, como pelo maior interesse de investidores do Brasil e do exterior, incluindo apoio de bancos multilarerais.

Nesse sentido, Ferreira conta que a International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, firmou um acordo com a gestora para apoiar o desenvolvimento do mercado de distressed assets de pequenas e médias empresas (PMEs) no Brasil, por proporcionar uma fonte de captação alternativa a tais empresas, resultando num aporte já desembolsado de US$ 80 milhões em um modelo de co-investimento.

O IFC, na visão de Ferreira, deu um sinal importante sobre investimentos em ativos estressados que podem, ao absorver carteiras com problema, amortecer os efeitos de uma crise no mercado.

“Por meio da nova aprovação do IFC, que está em processo de formalização, eles poderão aportar mais US$ 120 milhões nos próximos anos nos nossos fundos o que só reforça este mercado, de ativos estressados, como importante para a economia, o sistema financeiro e claro os investidores.”

Clique para acessar a Jive Investments.

[1] De acordo com o Relatório Focus do Banco Central do Brasil.

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