Entenda por que as eleições mexem tanto com a Bolsa e saiba o que fazer

O mercado não tem apego por um partido ou candidato X ou Y, ele simplesmente traça expectativas do que o futuro pode trazer com cada um deles

Equipe InfoMoney

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 Texto de Guilherme Kolberg, planejador financeiro pessoal com certificação CFP®(Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros. 

Primeiramente, é preciso dizer que muitas pessoas acreditam que a bolsa de valores é o termômetro da economia. Isso não é verdade. A bolsa na verdade é o barômetro da economia. Um termômetro mede a temperatura atual, enquanto o barômetro consegue dar previsões sobre o tempo, através da medição da pressão atmosférica. A bolsa de valores é, portanto, um indicador público do que esperam os diferentes agentes para o futuro de uma economia.

O mercado não tem apego por um partido ou candidato X ou Y, ele simplesmente traça expectativas do que o futuro pode trazer com cada um deles. Vamos a alguns fatos que o mercado está enxergando com as duas potenciais candidatas a presidência da república.

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Dilma: o famoso quando “Dilma cai a bolsa sobe” existe pelo mercado acreditar que a manutenção do poder pelo PT pode levar a pontos importantes, como por exemplo:

Marina: mesmo seu partido possuindo um alinhamento com as ideologias do Foro de São Paulo, o mercado enxerga a candidata do PSB como alguém que pode retomar o tripé econômico brasileiro, baseado no cumprimento do regime de metas de inflação, superávit fiscal e câmbio flutuante. Esses 3 pontos trazem aos investidores uma previsibilidade e uma maior segurança para a tomada de decisão, fazendo com que essa expectativa eleve os preços dos ativos. Além disso, o mercado enxerga uma maior segurança na equipe econômica de Marina e também a alguns pontos importantes no seu próprio discurso, como a defesa pela independência do Banco Central, que trazem credibilidade ao sistema financeiro como um todo.

Todas essas expectativas (que só o futuro dirá se irão se concretizar ou não), são automaticamente “precificadas”. Quando Dilma sobe nas pesquisas, o mercado automaticamente precifica esse possível maior risco de um novo governo do PT, embasado em pontos como os citados acima, fazendo com que o preço dos ativos diminua, e ocorrendo o inverso quando Marina cresce nas pesquisas.

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 Mas será que essa é a hora de se posicionar?

Primeiramente, acredito todo investidor que não possui um perfil conservador de fato e que possua recursos de prazo mais longo, deve sempre estar posicionado em bolsa, seja por meio de um fundo de ações ou uma carteira direta de ações. Estudos comprovam que uma performance de longo prazo pode ser prejudicada por algumas semanas e até dias em que o investidor fique fora do mercado. Procure sempre possuir uma parte do seu capital alocado em bolsa, sempre buscando a diversificação.

E em segundo lugar, para os que acompanham o dia a dia do mercado financeiro e gostam de tomar decisões de curto e médio prazo, uma compra com seguro seria o ideal. Busque fundos de capital protegido que estejam iniciando agora, travas com opções (especialmente travas de baixa) ou compras de putspara os ativos que compõem a sua carteira com vencimento para depois das eleições. Isso fará com que você possa aproveitar uma eventual alta em um momento de volatilidade sem estar exposto a um maior risco.

Em tempos que nosso barômetro aponta ora um dia de sol, ora uma tempestade, prefira estar protegido.

Bons investimentos!

  O texto reflete as opiniões do autor. O Infomoney não se responsabiliza pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.