Em semana de Copom, prêmios de títulos do Tesouro Direto têm leve queda nesta segunda-feira

Investidores monitoraram aumento das projeções para o IPCA em 2020 e cena política, no Brasil; no exterior, foco recaiu sobre estímulos econômicos

Mariana Zonta d'Ávila

(Getty Images)

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SÃO PAULO – Os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam leve queda na tarde desta segunda-feira (7), em semana que marca a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em 2020.

De acordo com o relatório Focus, divulgado nesta manhã pelo BC, a expectativa dos investidores é de que a taxa Selic encerre o ano no atual atual patamar de 2%, e suba para 3% até dezembro de 2021.

Com relação à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2020, a projeção do mercado subiu, pela 17ª semana consecutiva, de 3,54% para 4,21%.

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Segundo dados divulgados nesta manhã pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), embora a inflação auferida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) tenha desacelerado para 2,64% em novembro, ante 3,68% em outubro, no ano, a alta acumulada é de 22,16%.

Mercado hoje

No Tesouro Direto, o título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava um prêmio anual de 2,56%, ante 2,60% na sexta-feira. A taxa paga pelo mesmo papel com vencimento em 2045, por sua vez, cedia de 3,85% para 3,81% ao ano.

Entre os papéis com retorno prefixado, o com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 6,80% nesta tarde, ante 6,83% no pregão anterior. Já o juro pago pelo Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 era de 7,37%, abaixo dos 7,39% pagos anteriormente.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira (7):

Fonte: Tesouro Direto

Cena política

Ainda entre os destaques do dia no ambiente doméstico, o Supremo Tribunal Federal (STF) barrou, na noite de ontem, a possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Caso o entendimento dos magistrados seja mantido, nenhum dos dois poderá se candidatar na disputa por mais dois anos no comando de sua respectiva casa legislativa – forçando novas candidaturas e abrindo espaço para mudanças inesperadas no tabuleiro político.

As atenções dos investidores recaíram ainda sobre a notícia de que o governo de São Paulo deve anunciar hoje seus planos para vacinação utilizando a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, a partir de insumos importados.

A expectativa é de que a vacinação se inicie em janeiro, mas o produto ainda deve passar por testes, e posterior aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em outra frente, o Ministério da Saúde criou um comitê técnico para acompanhar as ações de pesquisa, desenvolvimento, produção, contratualização, transferência e incorporação tecnológica da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca contra a Covid-19.

Quadro internacional

Na cena externa, os investidores aguardaram por uma possível divulgação, nos Estados Unidos, de um pacote de US$ 908 bilhões em estímulos contra os impactos econômicos do coronavírus.

Por lá, foram registrados 229.077 novos casos de Covid-19 na sexta-feira, um recorde, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Com o aumento do número de casos da doença nos EUA, as farmacêuticas Moderna e a parceria entre Pfizer e BioNTech pediram, na semana passada, a aprovação emergencial de suas vacinas no país.

Já na Europa, mais uma vez não prosperaram as discussões a respeito de um acordo comercial entre União Europeia e Reino Unido, após o Brexit.

Na Ásia, as exportações da China avançaram em ritmo bem mais intenso do que o esperado em novembro, graças à forte demanda externa. Dados do órgão alfandegário chinês mostram que as exportações do gigante asiático deram um salto de 21,1% no mês passado ante novembro de 2019, ganhando força em relação ao aumento de 11,4% verificado em outubro.

O resultado superou de longe a alta de 12% prevista por analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

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