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Inteligência artificial, redução dos juros e economia fortalecida impulsionam gestoras a olhar para o exterior, especialmente o mercado dos Estados Unidos, para buscar rentabilidade aos clientes.
Alfredo Menezes, fundador e CEO da Armor Capital, e Fabio Okumura, sócio-fundador e CIO da Gauss Capital, trouxeram estes insights durante participação no episódio 261 do programa Stock Pickers, com apresentação de Lucas Collazo e Henrique Esteter.
“Hoje, a Armor tem posições em ações de instituições financeiras, especialmente lá fora”, diz Menezes. Ele ressalta o quanto a inteligência artificial (IA) beneficiou as chamadas sete magníficas da bolsa americana: Alphabet (Google), Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla.
Aposta em IA dos bancos
“Agora, a gente acha que quem vai se beneficiar disso são os usuários da tecnologia. E quem são os maiores usuários? São as instituições financeiras”, diz o gestor. Ele lembra que só o Itaú tem 15 mil funcionários dedicados à tecnologia da informação.
“E a inteligência artificial ajuda muito a área de TI, que é o maior custo do sistema financeiro. Ajuda em termos de programação, eficiência. Então, a gente acha que bancos têm ganhos de eficiência interessantes com a IA”, destaca.
Ele exemplifica o escritório da gestora. “A gente está tendo ganhos expressivos (com IA), especialmente em risco”, diz. “Esse é o principal ativo (bancos) hoje que vejo com ganho. E na bolsa do Brasil também onde a gente gosta de ação de bancos”, afirma.
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Alfredo Menezes, da Armor Capital, e Fabio Okumura, da Gauss Capital, no entanto, não preveem mudanças drásticas com o republicano no governo
Pouso suave da economia americana
Fabio Okumura conta que está “leve” para o Brasil, concentrando posições lá fora. “A gente está muito otimista com a bolsa, principalmente dos Estados Unidos”, destaca.
Segundo o gestor da Gauss, os EUA estão tendo um processo de desinflação forte. “Na nossa avaliação, aquela inflação (depois da pandemia) foi transitória”, afirma.
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Para ele, os efeitos na economia causados pela pandemia estão praticamente normalizados.
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“Nos Estados Unidos a inflação bateu 7%, mas ela começou a cair antes mesmo do Fed (Federal Reserve) subir juros. Estava muito alta, é verdade, mas tem efeitos temporários que foram desaparecendo ao longo do caminho”, explica.
Okumura crê em um pouso suave da economia americana, embora no meio do ano o mercado tenha tido muita volatilidade.
“Teve uma hora ali, com um monte de cortes (de juros) precificados, que até cogitaram uma reunião extraordinária do Fed. Mas o negócio se normalizou”, menciona. “Isso reforça nossa posição de soft landing (pouso suave)”, complementa.
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“A produtividade do emprego americano aumentou muito depois da Covid. Por isso a gente fica leve para o Brasil. A gente está bem otimista com as bolsas no mercado externo”, finaliza.
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