Em meio à queda do número de investidores, Tesouro Direto tem resgate líquido de R$ 472 mi em outubro

Programa teve redução de 19,6% no número de operações; título de inflação foi o preferido do mês

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos públicos por pessoas físicas, registrou, em outubro, uma redução do número de investidores ativos, isto é, atualmente com saldo em aplicações no programa, no total de 941. Esta foi a primeira vez no ano em que houve queda no dado. Em setembro, houve acréscimo de 15 mil novos investidores na plataforma.

Com o resultado, o total de investidores ativos chegou a 1.358.668 em outubro, um aumento de 16% nos últimos 12 meses, segundo o boletim mensal divulgado nesta terça-feira (24).

A baixa no número de investidores ocorre em meio a resgates consecutivos no programa do governo federal, que registrou saída líquida de R$ 471,9 milhões em outubro, resultado de vendas de R$ 1,54 bilhão e resgates de R$ 2 bilhões. Este foi o quarto mês seguido de saída líquida.

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Em meio à maior pressão inflacionária, com alta de 3,92% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses, o Tesouro IPCA+ voltou a desbancar no último mês o Tesouro Selic na preferência dos investidores.

As vendas do papel indexado à inflação representaram 35,4% do total no mês, enquanto as do Tesouro Selic responderam por 33,8%. Os prefixados tiveram participação de 30,8% nas vendas.

Assim como em setembro, a maior parte (42,9%) das vendas correspondeu a títulos mais curtos, com vencimentos entre um e cinco anos. Os papéis com prazo entre cinco e dez anos representaram 31,9% do total, enquanto aqueles mais longos, acima de dez anos, ficaram com 25,2% das vendas no mês.

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Estoque

Segundo o Tesouro, foram realizadas cerca de 324 mil operações em outubro, uma queda de 19,6% na comparação com setembro e de 27,9%, na base anual.

Já o estoque do programa alcançou um montante de R$ 61,5 bilhões, em linha com o mês anterior e um crescimento de 3,9% sobre outubro de 2019.

Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, com 49,5%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 30,3% e, por fim, os papéis prefixados, com 20,1%.

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