Diante de apenas 11,5% dos cargos em conselhos ocupados por mulheres, entidades como B3 e IBGC apelam por maior diversidade

Programa Diversidade em Conselho (PDeC) trabalha desde 2014 por maior pluralidade no mercado financeiro

Lucas Bombana

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SÃO PAULO – Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres representem mais de 50% da população brasileira. Elas ocupam, contudo, apenas 11,5% das posições em conselhos de administração das empresas de capital aberto no Brasil, percentual que cai para 9,3%, consideradas aquelas no posto de titular, de acordo com estudo da consultoria Spencer Stuart.

Diante de tamanho desequilíbrio, em carta aberta enviada a conselheiros de companhias e grandes investidores, o Programa Diversidade em Conselho (PDeC) faz um apelo para que, quando a composição dos colegiados for renovada, se atentem à promoção de uma maior diversidade – em termos de gênero, cor, etnia, orientação sexual, formação, idade, região, entre tantos outros aspectos, provocando, assim, um aumento da reflexão nos ambientes de governança pelos quais circulam.

Ação conjunta da B3, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), da International Finance Corporation (IFC), da Spencer Stuart e da Women Corporate Directors (WCD), o Programa Diversidade em Conselho foi criado em 2014 para fomentar uma composição mais plural nas diretorias das empresas de capital aberto.

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“É comprovado que a diversidade impacta positivamente no desempenho da empresa e traz capacidade de inovação para os negócios. Mas ainda se observa que a maior parte dos conselhos é pouco plural e as demandas da nossa sociedade exigem respostas a partir de novas perspectivas que a diversidade ajuda a trazer”, diz a entidade, em carta.

Veja a seguir o conteúdo completo da carta:

“Prezados e prezadas,

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Estamos nos aproximando do período de renovação dos conselhos de administração e, por isso, gostaríamos de convidar a todos os conselheiros, investidores e tomadores de decisão para se juntarem a nós na missão de aumentar a diversidade nesses colegiados.

É comprovado que a diversidade impacta positivamente no desempenho da empresa e traz capacidade de inovação para os negócios. Mas ainda se observa que a maior parte dos conselhos é pouco plural e as demandas da nossa sociedade exigem respostas a partir de novas perspectivas que a diversidade ajuda a trazer. Vale ressaltar que apenas 11,5% das posições em conselhos das empresas abertas brasileiras são ocupadas por mulheres – 9,3% considerando-se apenas as titulares – segundo o estudo Board Index 2020 da Spencer Stuart. Precisamos mudar esta realidade.

Como atores importantes nesse cenário e engajados com a causa, neste período em que os profissionais começam a ser selecionados para conselhos, pedimos que considerem promover mais diversidade (de gênero, cor, etnia, orientação sexual, formação, idade, região, etc.) para os boards em que atuam, assim como gostaríamos que provocassem essa reflexão nos ambientes de governança pelos quais circulam.

Nós, do Programa Diversidade em Conselho (PDeC), colocamo-nos à disposição para ajudar na busca por mulheres com o per¬fil desejado para as posições a serem preenchidas, disponibilizando os bancos de conselheiras do PDeC e da WCD (WomenCorporateDirectors) e o banco de profissionais do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), que contam com centenas de conselheiras e profissionais preparados e com uma grande variedade de experiências. O PDeC é uma iniciativa conjunta entre B3, IBGC, International Finance Corporation (IFC), Spencer Stuart e WCD para ampliar a diversidade em conselhos.

Acreditamos que somente somando esforços seremos capazes de provocar mudanças efetivas no mercado com relação a esse tema tão importante para a governança das organizações e para a sociedade.”

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