De banco a seguradora: as cinco ações de dividendos mais indicadas para outubro

Compilado com as recomendações das principais corretoras do País tem cinco papéis de setores diferentes

Leonardo Guimarães

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Mesmo com a Selic alta, as empresas da Bolsa seguem, em geral, performando bem e entregando resultados positivos. Uma das consequências da geração de caixa robusta das companhias é a distribuição de dividendos, que vem atraindo investidores para o mercado acionário.

Em outubro, cinco conhecidas do investidor que foca em dividendos estão entre as mais recomendadas para a carteira de renda passiva. O compilado com as recomendações das principais corretoras do Brasil feito pelo InfoMoney mostra a Petrobras (PETR4) como a mais indicada no início do último trimestre do ano. 

A lista mostra como a diversificação é importante na carteira de dividendos: são cinco ações de cinco setores diferentes, do financeiro ao elétrico. Na comparação com o ranking de setembro, houve duas saídas e duas entradas, com Copasa (CSMG3) e Direcional (DIRR3) deixando a lista. 

Não perca a oportunidade!

Confira as ações de dividendos mais recomendadas para investir em outubro e o dividend yield (DY, retorno com dividendos) nos últimos 12 meses até o fim de setembro:

EmpresaNº de recomendaçõesDY em 12 meses
Petrobras (PETR4)614,43%
Caixa Seguridade (CXSE3)58,08%
Copel (CPLE6)58,07%
Vivo (VIVT3)43,88%
Itaú (ITUB4)49,18%
Fontes: Ágora, BTG Pactual, Terra Investimentos, BB Investimentos, XP, Genial, Santander, Planner, Itaú BBA, Ativa Investimentos e Economatica
Data-base: 30/09/2025

Petrobras (PETR4

O BTG Pactual diz manter uma visão mais construtiva do que a do consenso do mercado para o papel da petroleira. Para o banco, a combinação de maior geração de caixa – que vem de aumento de produção – em 2026 com menores despesas de capital e operacionais pode gerar pagamento de dividendos acima do precificado atualmente. A estimativa é de rendimento anual entre 9% e 10% com dividendos da Petrobras. 

Caixa Seguridade (CXSE3)

A Terra Investimentos destaca o lucro líquido gerencial de R$ 1,04 bilhão da companhia no segundo trimestre, além de payout (porcentagem do lucro líquido distribuída a acionistas) “elevado”, de cerca de 90%. “O modelo diversificado e a reestruturação societária reforçam a resiliência e geração de valor aos acionistas”, diz a corretora, que ainda enxerga potencial de valorização para o papel. 

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Copel (CPLE6)

Os fundamentos “sólidos” da companhia ainda não parecem refletidos no preço das ações, na avaliação da Ágora Investimentos. Fatores como o aumento da liquidez dos papéis, com migração para o Novo Mercado da B3 e participação da empresa no segundo leilão de capacidade do Brasil, no qual possui o projeto hidrelétrico “mais competitivo” reforçam a visão positiva da corretora para o papel. A Ágora ainda destaca o aumento na distribuição de lucros, o que eleva o retorno esperado com dividendos para cerca de 10% ao ano nos próximos três anos. 

Vivo (VIVT3)

A principal tese de investimento na ação está centrada na expansão da infraestrutura de fibra óptica, aliada à robusta geração de fluxo de caixa livre, que se traduz em distribuição de dividendos atrativos ao longo de 2026, escreve a Terra Investimentos.

Itaú (ITUB4)

O Santander espera que o Itaú volte a acelerar a concessão de empréstimos em segmentos específicos, “principalmente agora que estabilizou a inadimplência de sua carteira”. Os analistas dizem que “o Itaú é um banco que normalmente cumpre suas projeções” e que a grande escala e presença diversificada da companhia resultam em menor volatilidade dos lucros. O retorno com dividendos esperado para 2026 é de 7,30%.