Custo da cesta básica sobe na maior parte do país em outubro

O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE) divulgou hoje a Pesquisa Nacional da Cesta Básica referente ao mês de outubro, que registrou uma elevação nos preços dos gêneros de primeira necessidade em onze das dezesseis capitais pesquisadas, enquanto as outras capitais apuraram redução de preços.Neste sentido, as altas mais significativas em outubro foram […]

Equipe InfoMoney

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O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE) divulgou hoje a Pesquisa Nacional da Cesta Básica referente ao mês de outubro, que registrou uma elevação nos preços dos gêneros de primeira necessidade em onze das dezesseis capitais pesquisadas, enquanto as outras capitais apuraram redução de preços.

Neste sentido, as altas mais significativas em outubro foram registradas em Curitiba (+5,84%), Goiânia (+4,66%), Brasília (+4,24%) e Vitória (+3,72%). Nas outras capitais que registraram aumento dos preços no mês, a variação positiva se manteve no intervalo entre a alta de 3,38% registrada em Belo Horizonte e taxa nula registrada em São Paulo, em que os preços não variaram em outubro. Por outro lado, as capitais que apresentaram queda nos preços da cesta básica foram Natal (-0,87%), Salvador (-1,40%), Aracaju (-1,90%) e Rio de Janeiro (-2,10%).

Nos primeiros dez meses de 2001, apenas Recife e Natal registraram queda de preços para o conjunto de produtos que compõem a cesta básica, ao apurar retração de 6,22% e 1,20% respectivamente. Em contrapartida, as maiores altas ocorreram em Florianópolis (17,38%), Curitiba (16,75%), Vitória (15,51%), Porto Alegre (12,49%) e Goiânia (10,45%)

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O DIEESE estima que o salário mínimo devesse atingir R$ 1.081,04, ou seja, cerca de seis vezes maior que o valor vigente, estipulado em R$ 180,00. O DIEESE calcula o salário mínimo seguindo a definição constitucional para o salário mínimo, que indica que o rendimento deverá ser suficiente para manter uma família, em relação à alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, levando em conta o maior custo da cesta básica, que foi a de Porto Alegre.

Em outubro, a variação dos preços dos produtos que registraram alta se deveu em parte pela alta do dólar, como é o caso do pão, que utiliza trigo, produto importado. A carne, que tem o maior peso sobre os custos da cesta básica, passou a ser exportada e incorporou o aumento do dólar no período. O arroz foi influenciado pela quebra da safra subiu em todas as capitais pesquisadas, com as altas mais expressivas em Recife (+32,13%), Belém (+23,51%) e Aracaju (+18,94%). Além disso, a carne e o feijão subiram por conta da seca e da entressafra. Em contrapartida, dentre os produtos em que houve predomínio de retração nos preços, destacaram-se a banana, o leite, tomate, café e açúcar.

Com a alta dos preços em Porto Alegre, a capital gaúcha passou a ter a cesta básica mais cara do país, sendo cotada a R$ 128,68. No mesmo sentido, como os preços em São Paulo não variaram em outubro, o custo da cesta básica da capital paulista ficou em R$ 125,00. Em seguida vem Curitiba (R$ 127,36), Brasília (R$ 121,48), Florianópolis (R$ 121,22), Belo Horizonte (R$ 118,95) e Rio de Janeiro (R$ 117,13). Já Salvador (R$ 89,62), Recife (R$ 92,25) e Natal (R$ 93,66) apresentaram os menores custos da cesta básica do país em outubro.

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