Crise x ações: Gilberto Mifano dá dicas para pessoa física investir na Bovespa

Presidente do conselho da BM&F Bovespa diz que importante é não esquecer que a renda variável envolve riscos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Na hora de escolher qual o melhor investimento para alocar os recursos, diante do cenário de volatilidade e incertezas, é comum haver um certo receio quanto ao mercado de capitais, afinal, como afirmou o próprio presidente do conselho de administração da BM&F Bovespa, Gilberto Mifano, “a renda variável envolve riscos: risco de ganhar, mas também risco de perder”.

Porém, o presidente afirma que este é um bom momento para investidores pessoa física entrarem na Bolsa, em razão do baixo valor das ações. “Nosso mercado está em promoção. Estamos com ações de empresas muito boas custando muito pouco. Para quem tem possibilidade de investir em ações, pensando em médio e longo prazo, essa é uma boa hora”.

Mifano deu ainda três conselhos que, segundo ele, são fundamentais para o pequeno investidor que quer alocar recursos no mercado de capitais: “O importante é não investir todo seu dinheiro na Bolsa de Valores, não investir tudo em uma única empresa e não investir tudo em um único momento”.

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Pessoa física x Bolsa de Valores

Durante a palestra “O Mercado de Capitais e a Crise”, realizada na terça-feira (10), Mifano informou que, apesar do agravamento da crise financeira, 2008 foi um ano marcante em relação ao crescimento de pessoas físicas na Bolsa. “No ano passado, passamos a marca de meio milhão de investidores individuais na Bovespa. Em novembro, que foi o pior mês para a Bolsa de Valores, tivemos 6 mil novos investidores, o que é um bom número”.

O presidente atribui esse crescimento aos programas que ensinam as pessoas físicas como fazer bons investimentos em ações, principalmente em momentos de crise. “Antes, a gente via que o mercado estava com preços bons, a pessoa física sumia, os preços começavam a subir, eles apareciam comprando. Foi preciso um trabalho bastante informativo para explicar que, nesse mercado, o ideal é comprar na baixa e vender na alta”.

E completa: “Hoje, já temos investidores individuais que sabem do risco que estão correndo, sabem escolher boas empresas, sabem diversificar e conhecem a hora certa de vender e comprar. Esse ano, por exemplo, durante todos os meses, as pessoas físicas compraram mais do que venderam. Apenas em abril, quando o Brasil recebeu seu primeiro investment grade, é que as vendas de ações superaram as compras”.

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Para os que vão entrar no mercado de ações, Gilberto Mifano deixa outras dicas: “É preciso investir conscientemente, lembrar sempre que há risco, escolher bem a empresa em que vai investir, procurando conhecer como funciona o negócio dela e diversificar sempre!”.