Bitcoin desaba 12% após bater máxima histórica

Criptomoeda ultrapassou o patamar de US$ 69 mil pela primeira vez na tarde desta terça

Bloomberg

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O Bitcoin (BTC) alcançou um novo recorde histórico de US$ 69.191 nesta terça-feira (5), mas logo depois recuou forte, com muitos investidores realizando lucros. Por volta das 17h, a criptomoeda chegou a ser negociada abaixo do patamar de US$ 61 mil, o equivalente a uma perda de cerca de 12% em uma tarde. Uma hora depois, às 18h, o BTC rondava os US$ 62 mil.

“Dado que quase todo mundo que já comprou Bitcoin está agora lucrando, há boas chances de vermos alguma realização de lucro”, disse Zaheer Ebtikar, fundador do fundo de cripto Split Capital.

Apesar disso, especialistas seguem otimistas com o ativo digital. “O recorde histórico do Bitcoin marca um ponto de virada para a criptomoeda”, disse Nathan McCauley, CEO e cofundador da Anchorage Digital. “As instituições tradicionais já estiveram de fora; hoje, estão com força total como os principais impulsionadores do mercado de alta das criptos.”

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O ressurgimento do Bitcoin desde o seu ponto mais baixo, em novembro de 2022, elevou o valor de mercado de todos os ativos digitais para cerca de US$ 2,6 trilhões. O Bitcoin superou o seu pico anterior de US$ 68.991, registrado em novembro de 2021.

A criptomoeda subiu cerca de 63% em 2024, impulsionada pela demanda dos novos ETFs de Bitcoin nos EUA, que atraíram US$ 8 bilhões em entradas líquidas em menos de dois meses. O movimento também se dá pela expectativa de uma redução na oferta do token, por conta do evento chamado halving, que diminui a emissão de novos Bitcoins.

“O rompimento dos máximos históricos, com o impulso atual nos ETFs à vista, bem como a narrativa do halving, provavelmente despertará um verdadeiro FOMO – medo de perder – entre os participantes que atualmente observam os mercados do lado de fora”, disse Stefan von Haenisch, head de trading na OSL.