Corretoras pretendem ampliar nichos de atuação, mostra pesquisa

Durante congresso realizado apenas com as instituições, foi exposto que corretoras pretendem ampliar leque de produtos e focar em investidores estrangeiros

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – As corretoras mostram cada vez mais espaço para diversificar suas áreas de atuação, conforme foi colocado no I Congresso Internacional da Indústria de Intermediação realizado pela Ancord (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias). De acordo com a pesquisa realizada durante o evento, quase dois terços das corretoras pretende alterar o foco do negócio de atividades e serviços de consultoria de investimento ou buscar um nicho de atendimento.

Outro dado extraído foi o de que 10% das corretoras pretendem ampliar o leque de produtos e voltar-se aos investidores estrangeiros. “Há um enorme volume de nichos de mercados que se abrem para as corretoras”, afirma o responsável pelo congresso e consultor da Algus Hedge, Álvaro Mendonça. “Infraestrutura e agronegócio, por exemplo, são áreas que estão sendo exploradas abaixo do potencial que possuem. Se elas (corretoras) olhassem mais para esses segmentos geraria uma diversificação dos negócios, reduzindo a correlação entre os resultados das corretoras e o mercado de ações”.

Uma terceira tendência apontada durante o evento foi a disposição em realizar melhorias e estabelecer parcerias com outras corretoras, tanto locais como internacionais, para reduzir custos operacionais. “Temos visto nos EUA e na Europa parcerias de corretoras que fazem outsourcing entre si, isso é, funcionam como uma corretora, mas possuem um back office especializado”, ressalta o consultor do mercado de capitais e especialista pelo MIT e pela Columbia University, Andre Cappon.

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Dessa maneira, além de reduzir os custos, as instituições conseguem entregar um produto que se encaixe no perfil do investidor e de melhor qualidade, já que há uma maior especialização, o que também será traduzido em redução das comissões de corretagem para o investidor final.