Conheça um dos investimentos que mais crescem no Brasil: CRI e CRA

Investimentos têm uma estrutura complexa, mas podem trazer boa rentabilidade ao investidor

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Nos últimos anos, uma modalidade que se popularizou muito foi o investimento nas LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio). No entanto, a dificuldade dos bancos de encontrarem lastro para esses títulos fez com que eles ficassem cada vez mais escassos no mercado. O assessor de investimentos e sócio da Monte Bravo Investimentos Pier Mattei afirma que uma aplicação que pode ser alternativa nesse cenário são os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio).

A rentabilidade desses títulos, diferentemente das LCI e LCA que costumam estar mais atreladas ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), é mais variada. É possível encontrar títulos atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou até ao IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), além dos atrelados ao CDI, o que traz mais variedade para o investidor.

Pier explica, também, que esses títulos têm prazos de vencimento variados, de dois, quatro ou até mesmo treze anos para quem procura um horizonte mais longo para aplicar seu dinheiro. Além disso, é possível encontrar CRI e CRA no mercado por um preço inicial de até R$ 1 mil, o que faz com que seja um investimento bastante acessível.

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No entanto, é importante ponderar que esses títulos não contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), como é o caso das LCI e LCA. “Como não há a garantia do FGC, é extremamente importante que o investidor veja o rating da empresa que está securitizando essa dívida e entenda o funcionamento do título antes de colocar seu dinheiro”, pontua o assessor de investimentos. Mesmo assim, ele ainda comenta que existe um mercado secundário crescente para esses títulos e, assim, o investidor passa por menos problemas de liquidez caso opte por sair antes do vencimento.

A estrutura
Esses títulos contam com uma estrutura que traz mais risco para os investidores, no entanto. Eles são criados a partir de uma securitização de créditos do mercado imobiliário ou do agronegócio. Ou seja, a empresa em questão está vendendo títulos relacionados a rendimentos que receberá futuramente. Por exemplo, uma grande incorporadora que irá receber R$ 100 milhões com a venda de um loteamento ao longo de cinco anos pode securitizar esses créditos e, assim receber o dinheiro antes e pagar a dívida com quem comprar o título gradualmente.