Conheça os fundos que se destacaram em 2001

Em janeiro as perspectivas para 2001 eram tão diferentes, que olhando para trás fica difícil acreditar que o ano começou com os juros em tendência de queda, o dólar abaixo de R$ 2,00 e a bolsa em forte tendência de alta, com o Ibovespa cotado em cerca de 17.000 pontos. Mas com o final de […]

Equipe InfoMoney

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Em janeiro as perspectivas para 2001 eram tão diferentes, que olhando para trás fica difícil acreditar que o ano começou com os juros em tendência de queda, o dólar abaixo de R$ 2,00 e a bolsa em forte tendência de alta, com o Ibovespa cotado em cerca de 17.000 pontos. Mas com o final de 2001 cada vez mais próximo fica a pergunta, quais os fundos que mais renderam no ano? A resposta a esta pergunta parece simples, os fundos cambiais, mas e nas demais categorias? Será que algum fundo de ações conseguiu ficar no azul, apesar do fraco desempenho das bolsas? E os fundos de renda fixa, será que conseguiram se recuperar dos fracos resultados dos meses de maio e junho?

Maioria dos fundos que se destacaram não é acessível ao pequeno investidor

Depois de analisar os ganhos acumulados até o dia 26 de outubro de todos os fundos de investimento acompanhados pela Associação Nacional de Bancos de Investimento (ANBID), pudemos identificar os destaques positivos em cada uma das cinco principais categorias de fundos: fundos DI, fundos cambiais, fundos de renda fixa, fundos de ações e fundos multimercados. Nossa análise se restringiu aos fundos abertos, isto é, que aceitam aplicações de qualquer investidor interessado.

Como não podia deixar de ser, os fundos cambiais acumularam os maiores ganhos do ano, com uma rentabilidade média no período de 45,72%. Contudo, uma análise pelas demais categorias confirma que a maioria dos fundos que se destacou tinha uma aplicação mínima acima de R$ 10 mil, não estando, portanto, ao alcance do pequeno investidor.

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Fundos de ações: ganhou quem optou pelos fundos de dividendos

Com o Ibovespa amargando perdas de cerca de 25% no período, a rentabilidade da maioria dos fundos de ações continua no vermelho. A desvalorização média dos fundos de ações abertos é de cerca 18,45% no período. As exceções foram os fundos de dividendos, isto é, aqueles que investem em ações que pagam bons dividendos. De certa forma, estes fundos podem se comparados com uma aplicação em renda fixa, com os pagamentos de dividendos compensando a desvalorização dos papéis.

Os dois fundos de maior rendimento no ano pertencem a esta categoria. O principal destaque de rentabilidade, dentre os fundos de ações, é do Fundo BBM Dividendos, com um ganho acumulado no ano de 22,03%. Contudo, este fundo só estava disponível para investidores com pelo menos R$ 20 mil, já que esta é a aplicação mínima necessária. Mas os pequenos investidores também tiveram a possibilidade de ganhar com ações em 2001, bastando para isso aplicar no fundo Sul América Variável. Com uma aplicação mínima de apenas R$ 2,5 mil, este fundo apresentou o segundo melhor desempenho da categoria com uma valorização de 20,58%, dando possibilidade ao pequeno investidor de ganhar com ações.

Multimercados não estavam ao alcance do pequeno investidor

Já os fundos multimercados, aqueles que podem aplicar em vários mercados ao mesmo tempo e aumentar o grau de diversificação dos seus investimentos, exigiam investimentos maiores. Na média, os fundos desta categoria registraram ganhos de 14,23% no período analisado, mas também foram aqueles que apresentou maior dispersão entre os resultados.

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O destaque de rentabilidade da categoria ficou com o fundo Pactual FX alavancado, que é classificado como multimercado sem renda variável com alavancagem, e cujo ganho no ano já é de 103,4%. Contudo, para aplicar neste fundo é necessária uma aplicação inicial mínima de R$ 50 mil. O segundo lugar ficou com o fundo Hedging Griffo Adm Cambial, que apesar do nome, também é um fundo multimercado, que acabou acumulando bons ganhos no período, cerca de 45,33%. Entretanto somente os grandes investidores puderam participar do fundo já que a aplicação mínima era de R$ 250 mil, quantia suficiente para comprar um bom apartamento de três quartos!

Os melhores de renda fixa

Apesar da forte migração que ocorreu na categoria, com muitos investidores re-direcionando suas aplicações para os fundos DI, cambiais ou multimercados, a categoria acumula ganhos de 12,30% até o dia 26/10.

No entanto, para participar dos fundos de renda fixa de melhor rentabilidade, o investidor precisa ter disponível pelo menos R$ 100 mil. Este é o valor da aplicação mínima necessária para aplicar no fundo Votorantim Renda Fixa FIF, que registra o maior ganho no ano, com uma variação positiva de 14,57%. Quem tivesse R$ 300 mil poderia ser cliente private do HSBC e destinar parte de seus recursos ao fundo CCF FIF Duration 90, obtendo 14,50% no ano, o segundo maior ganho da categoria.

DI e Cambiais são mais acessíveis

Apesar de uma rentabilidade média mais baixa, os fundos DI, cujo rendimento médio foi 12,54% neste ano, estavam acessíveis ao pequeno investidor. A dispersão dos rendimentos da categoria estava entre as menores, isto é, a diferença entre os resultados destes fundos variou muito pouco. Era necessário R$ 10 mil para participar do fundo BVA Fix Seguro, cujos ganhos no período analisado foi de 14,32%. Em seguida ficaram os fundos do UBB DI corporate do Unibanco, que registraram o segundo maior ganho da categoria, com 14,07%, mas exigiam uma aplicação mínima bastante elevada, R$ 100 mil.

Como o destaque de rentabilidade, dentre todas as categorias de fundos, ficou com os cambiais, cujo ganho médio no período ficou pouco acima dos 45%, o pequeno investidor teve como ganhar. Os dois principais destaques de rentabilidade da categoria estavam acessíveis para investidores que pudessem aplicar R$ 1mil e R$ 5 mil, respectivamente. Em primeiro lugar ficou o fundo HSBC FIF Cambial, com ganhos de 52,19%, enquanto que o Banespa FBI Cambial teve valorização de 51,47% no mesmo período.

Escolha deve ser em linha com suas necessidades

Certamente todos nós gostaríamos de ter optado pelo fundo Pactual FX Alavancado, afinal os R$ 50 mil de aplicação inicial transformaram-se em pouco menos do que R$ 102 mil, sem descontar os impostos. Mas quantos de nós estávamos preparados para os riscos deste tipo de aplicação? A resposta é simples: poucos. Não só o dinheiro necessário estava acima das possibilidades de muitos, como os riscos envolvidos eram suficientes para afastar mesmo alguns investidores mais agressivos. Desta forma, é importante lembrar que, apesar das diferenças em rentabilidade, o melhor investimento é aquele que melhor se adapte às suas necessidades. Por isso, antes de buscar o maior ganho no menor prazo possível, pense bem no que você quer atingir. Só assim você poderá identificar a melhor categoria de fundos para você e aí sim escolher um vencedor.

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