Conheça o fundo que paga em média 117% do CDI há 12 anos

O fundo Top Crédito Privado, da Bozano Investimentos, procura fazer um forte trabalho de seleção de papéis e diligência

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – Para um fundo de renda fixa um pouco mais arriscado, que compra papéis de crédito privado, ganhar do CDI (Certificado de Depósito Interbancário, referencial utilizado para a maioria das aplicações deste tipo no Brasil) é quase uma obrigação. Mas conseguir durante anos e anos bater este indicador com uma boa folga não é uma tarefa nada simples. O fundo Top Crédito Privado, da Bozano Investimentos, completou 12 anos com um rendimento médio de 117% do CDI no período.

Ian Cao, sócio da Bozano Investimentos e gestor do fundo, afirma que o rendimento acima da média é resultado de um forte trabalho de seleção de papéis e diligência. Segundo ele, toda emissão passa por uma análise e depois pelo comitê de crédito da gestora. “Temos um processo rígido. O departamento de análise de crédito conta com profissionais especializados em avaliar as emissões. Eles fazem uma espécie de relatório de crédito de cada papel e então convocamos um comitê de crédito interno para decidir”, diz Cao.

Se o papel for aprovado, fica a cargo do gestor usar o ativo no fundo e fazer ou não a alocação. “Além disso, nós só compramos papéis com grau de investimento. Está no regulamento do fundo que isto é necessário”, explica. A carteira é composta por CDBs, debêntures, letras financeiras e FIDC.

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Por conta de seu processo rigoroso de análise, o Top Crédito Privado ficou fora de emissões de papéis de bancos como o Santos, Cruzeiro do Sul e BVA, que quebraram. “Eles nunca passaram em nossos processos de crédito”, conta Cao.

O gestor afirma que a equipe é muito criteriosa, principalmente com papéis de bancos, que hoje representam uma parte considerável da carteira do fundo. “Fazemos uma vigilância constante, um monitoramento muito perto da condição desses bancos e costumamos trabalhar com ativos que reflitam o nosso conforto. Os ativos que temos mais confiança compramos de prazo mais longo. Já aqueles que sabemos que o negócio é bom, mas temos alguma dúvida, ficamos na parte mais curta”, afirma.

Ele destaca ainda a solidez do SFN (Sistema Financeiro Nacional). “Mesmo quando falamos de bancos médios é muito evidente. O Banco Central monitora muito de perto todos os bancos e normalmente até se adianta alinhando operações. Então este mercado se tornou muito ágil”, destaca.

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Ao mesmo tempo, o gestor lembra mesmo durante a crise os bancos conseguiram se manter com muita liquidez, por isso estão com uma necessidade menor de captação. “Conseguir CDBs com taxas atrativas também vinha sendo um desafio. Conseguimos taxas boas porque já financiamos estes bancos há muitos anos. Temos uma boa relação comercial, o banco sabe que na hora que ele precisar o nosso funding é estável”, afirma o gestor.

O momento atual

O momento difícil da economia nos últimos anos também vinha afetando a captação das empresas por meio de debêntures e consequentemente dificultava a alocação do fundo. “Estávamos sentindo alguma dificuldade por conta de fluxo baixo de emissões. Nesse ambiente de crise o setor corporativo acaba ficando um pouco fora do mercado”, conta.

No entanto, após um tempo, a necessidade das empresas captarem aumentou e, com o aumento da taxa de juros, a remuneração dos papéis melhorou. “As companhias precisam vir a mercado e têm que pagar uma taxa maior. De um ano para cá, este mercado mudou muito. Já estamos percebendo emissões com as taxas mais atrativas”, comenta.

Mais sobre o fundo:

Gestora: Bozano Investimentos

NomeTop Crédito Privado

Taxa de administração: 0,75% ao ano

Aplicação mínima inicial: R$ 25 mil 

Rentabilidade no ano*: 11,01%

Rentabilidade desde o início*: 419,74%

* até 15/10/2015

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip