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SÃO PAULO – De junho a novembro do ano passado, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu de 65 mil pontos para 35 mil pontos, em decorrência da crise financeira mundial.
O movimento de queda das bolsas não aconteceu só no Brasil, mas também na maioria dos mercados mundiais, o que abalou, e muito, a confiança dos investidores. Passado o período crítico da crise, no entanto, a insegurança do investidor parece estar diminuindo.
De acordo com pesquisa da rede WIN (Worldwide Independent Network), o nível de confiança na estabilidade e solidez do mercado de ações aumentou, na comparação com março, e alcançou o maior nível desde o início do ano, com média de 4,2 (em notas que vão de 0 a 10).
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Mercado doméstico
O Brasil ocupa a segunda colocação no ranking dos mais confiantes, mas, ao contrário da média mundial, apresentou queda no nível de confiança na comparação com a pesquisa anterior. Enquanto em março os investidores avaliaram o mercado de ações com nota 5,5, em julho, a pontuação caiu para 5,4.
De acordo com a BM&F Bovespa, no entanto, mesmo nos períodos mais críticos da crise, não houve fuga de investidores da bolsa brasileira. Segundo os dados, no segundo semestre do ano passado, por exemplo, auge da crise mundial, o número de investidores pessoa física na bolsa saltou de 500 mil e bateu a casa de 550 mil, o maior número de investidores individuais na história da BM&F Bovespa.
Brics na liderança
Além do Brasil, na segunda colocação, os demais países do Bric também figuram nas cinco primeiras posições no ranking de confiança no mercado de ações. A Índia encabeça a lista, com 5,6. A China figura na quarta posição, com 4,6, seguida pela Rússia, com 4,5. A Holanda, único país fora do grupo, completa a lista dos top 5, na terceira colocação.
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A tabela abaixo mostra o ranking do nível de confiança no mercado de ações para julho de 2009 e traz ainda as notas médias de pesquisas anteriores, para que possa ser feita a comparação:
País | Janeiro | Março | Julho |
Índia | 5,5 | 4,2 | 5,6 |
Brasil | 5,7 | 5,5 | 5,4 |
Holanda | 4,7 | 4,7 | 5,0 |
China | 3,8 | 4,1 | 4,6 |
Rússia | 4,1 | 3,9 | 4,5 |
EUA | 4,3 | 3,7 | 4,4 |
Coreia | 3,9 | 3,6 | 4,4 |
Itália | 3,9 | 4,0 | 4,3 |
Japão | 3,5 | 3,4 | 4,1 |
Canadá | 3,5 | 3,4 | 4,0 |
Suíça | 4,1 | 3,4 | 3,9 |
França | 3,5 | 3,4 | 3,8 |
Áustria | 3,0 | 3,1 | 3,8 |
Alemanha | 3,4 | 3,5 | 3,7 |
Reino Unido | 3,2 | 2,7 | 3,4 |
Espanha | 4,1 | 3,5 | 3,2 |
Islândia | 3,5 | 3,4 | 3,1 |
Líbano* | – | 4,1 | 5,4 |
México* | – | 5,0 | 5,2 |
Austrália* | – | 4,0 | 4,6 |
Argentina* | – | 4,1 | 4,2 |
Arábia Saudita* | – | 5,8 | 4,1 |
Total | 4,0 | 3,7 | 4,2 |
Bric | 4,8 | 4,4 | 5,0 |
G8 | 3,7 | 3,5 | 4,0 |
*Argentina, Austrália, Líbano, México e Arábia Saudita não participaram da primeira pesquisa e não foram incluídos na média de março e julho