Como operar opções de forma defensiva em ambiente de volatilidade

Especialista ensina duas estratégias para minimizar riscos e maximizar lucros em períodos mais imprevisíveis do mercado

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(Shutterstock)

Quem começou a investir na bolsa de valores depois da quebra generalizada dos mercados acionários em 2020 só havia visto, até o final do primeiro semestre deste ano, a grande maioria dos ativos se valorizando.

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É claro que, de maneira geral, a tendência é que a bolsa e suas ações acumulem valor no longo prazo. Mas há momentos, como o que vivemos no final de 2021, em que há muitas incertezas bloqueando a visão dos investidores.

Por exemplo: depois da economia global se recuperar da crise com a ajuda de estímulos, o ritmo de crescimento desacelerou, mas a inflação continua avançando. Agentes financeiros olham atentos e fogem do risco, temendo um quadro de “estagflação”.

Para piorar, este aumento de preços generalizado também é fruto de uma crise energética global, com ramificações específicas em diversos locais do planeta e sem prazo específico para acabar.

Neste momento, podemos estar essencialmente vivendo a transição de um bull market, ou mercado de alta, para um bear market, ambiente em que os ativos têm mais propensão para se desvalorizar.

E o fato é que, independente da nomenclatura, estes períodos de incerteza trazem muita volatilidade para os mercados acionários, cabendo ao investidor encontrar ferramentas para proteger seu capital dessas oscilações.

Uma forma relativamente simples de fazer isso é operando opções na bolsa. “Neste ambiente de pouca visibilidade, é prudente reduzir sua exposição a alguns ativos e maximizar sua rentabilidade”, diz Su Choung Wei, analista de Investimentos e professor de finanças. Pensando em todo este cenário, Su dará um curso gratuito em novembro ensinando os investidores a transformar a Bolsa em fontes recorrentes de ganhos. Inscreva-se.

“E é possível fazer isso com opções.” Como muitos já sabem, elas representam um contrato que dá ao seu titular o direito de comprar ou de vender um determinado ativo por um valor determinado em uma data específica do futuro. É um tipo de derivativo, pois o preço de uma opção “deriva” do preço do ativo a que ela está atrelada.

Com isso, segundo explica Su, você não precisa comprar o ativo em si para acreditar na sua alta (ou baixa), o que diminui custo de capital de cada operação e permite retornos tão bons quanto ou até melhores. Veja abaixo, então, duas dicas para montar opções defensivas:

Borboleta

A borboleta é uma estratégia que consiste em comprar uma opção com preço de exercício mais baixo, vender duas opções com preço de exercício intermediário e comprar uma outra com preço de exercício mais alto. Na prática, representa uma mistura das travas de alta e de baixa.

Para fazer uma trava de alta, você compra uma opção de compra “dentro do dinheiro” e vende uma opção de compra com preço de exercício maior. Ambas precisam ter a mesma data de vencimento. Faz sentido quando há uma queda brusca da cotação do ativo-objeto ou quando existe uma expectativa de alta dele até o vencimento.

Já para montar uma trava de baixa, é necessário vender uma opção de compra “dentro do dinheiro” ou “fora do dinheiro”, ao mesmo tempo em que compra uma opção de compra com preço de exercício maior e com a mesma data de vencimento. Faz sentido se houver tendência de queda.

Voltando para a borboleta: ao comprar uma opção de strike baixo e vender uma de strike intermediário, o investidor realiza uma trava de alta. Ao mesmo tempo, faz também uma trava de baixa ao comprar uma opção de strike alto e vender outra de strike intermediário. A borboleta, portanto, se baseia em uma trava de alta e outra de baixa simultâneas, com um núcleo em comum.

Segundo Su, trata-se de uma estratégia recomendada para investidores que esperam que o preço do ativo principal não varie muito ou que ele chegue até um valor esperado no dia do seu vencimento.

Trava horizontal de linha

Já a trava horizontal de linha, ou THL, consiste em comprar uma opção longa e vender uma curta, ambas com o mesmo preço de exercício. Partindo do princípio que a opção mais longa é mais cara, mas tem mais prazo até a sua data de exercício, Su explica que a opção mais curta sofre mais desgaste ao longo do tempo.

Trata-se, então, de uma operação em que o investidor precisa essencialmente acertar o timing da sua reversão (que é vender a opção longa e comprar a curta). Se a opção mais curta não alcançar o strike ao longo do tempo, ela vai perdendo o seu valor, o que faz com que a operação se torne lucrativa.

Su alerta que ambas operações podem resultar na perda completa do capital investido caso os ativos fujam do intervalo ideal. Em contrapartida, o acerto do intervalo é premiado com uma boa lucratividade.

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