Como escolher o melhor rendimento para seu dinheiro

O mercado de investimentos em renda fixa é amplo; saiba estabelecer critérios

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Autor:Glenda Ferreira, Economista e Planejadora Financeira da Levante!

Em meio a tantas opções de investimentos, cada escolha feita não é nada trivial (até mesmo porque o seu dinheiro não pode ficar em qualquer lugar, não é mesmo?).

Para te ajudar em sua tomada de decisão, é possível filtrar com algumas perguntas, como:

– Você precisa de liquidez diária ou não irá precisar do dinheiro logo?

– Você já analisou todos os bancos disponíveis?

– O valor inicial cabe no seu bolso?

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Vencidas essas etapas, o número de opções para qual será a sua próxima aplicação financeira é reduzido. Porém, muitos casos ainda apresentam a escolha por qual será a forma de remuneração – se é pós ou prefixada ou de forma híbrida.

O impacto é direto na taxa de rentabilidade de sua aplicação (o quanto você irá receber lá na frente). Por isso, vamos às alternativas.

Quer receber quanto?

A remuneração dos investimentos pós-fixados são dependentes da performance do índice que estão atrelados. Mas, além das variações, os índices também podem mudar de uma aplicação para outra, principalmente: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que é o índice da inflação do país – e o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) – que representa a média das taxas de juros nos empréstimos praticadas entre os bancos e varia diariamente, mas em um valor bem próximo a Selic.

Se os indexadores sobem, o seu retorno também aumenta. E se sofrem queda, você ganha menos.

Por sua vez, os prefixados não têm correlação com qualquer índice. Rendem o que foi acordado no momento inicial, sem sofrer alterações por fatores externos. Mas aí as taxas de juros pagas podem ser maiores ou menores para novos títulos. E você receberá a taxa do título que já comprou.

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Além disso, o investimento prefixado nunca pode ser menor do que a inflação para você nunca perder dinheiro.

Como escolher?

Alguns fatores que podem influenciar a sua decisão: qual será o rumo da Selic daqui para frente? O Banco Central a manterá por quanto tempo neste patamar? Qual será a política do próximo governo? Será que a inflação seguirá controlada?

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Sendo bem sincera, tudo pode acontecer.

São muitos fatores envolvidos, e se o próprio relatório Focus (publicação online divulgada pelo Banco Central com previsão de cerca de 100 analistas financeiros sobre indicadores da economia brasileira) ajusta suas projeções a cada semana, como cravar algum valor?

Única certeza

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Seja em renda fixa ou variável, volatilidade é a palavra de ordem no Brasil e mercados emergentes. É um fator intrínseco a vida do investidor. Não há escapatórias.

Com essa incerteza em relação a quais serão as condições econômicas, muitos investidores optam pelo conhecido e, de certa forma, mais fácil de ser calculado, ou seja, os títulos prefixados.

A segurança de já saber com antecedência quanto será recebido pode atuar com um tranquilizador.

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Mas, ainda assim, não deve ser o único parâmetro. Se o ambiente é de incerteza, há uma forma diferente para investir.

Opção “em cima do muro”

Felizmente, já existe uma alternativa para quem é indeciso.

Se você não consegue decidir se deseja casar ou comprar uma bicicleta, pode investir em produtos com duplo indexador.

Nessa modalidade, a remuneração é dada por um entre dois indexadores. O investidor pode optar por qual foi o rendimento mais rentável até o vencimento. Se a taxa de juros definida inicialmente (prefixada) ou o rendimento do CDI (pós-fixado).

Benefício em dose dupla: você pode se beneficiar caso se mantenha um ambiente favorável e a taxa contratada tenha sido alta – portanto ao longo do tempo não aumentou. Ou se a situação exigir aumento da Selic, o retorno atrelado ao CDI será maior.

Por ser fora do padrão, não há grande oferta no mercado. A ressalva é de que não podemos esquecer do risco de crédito, que é quando o emissor não honrar com o pagamento. Por isso, muita cautela na hora de investir.

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