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Pergunta
Tenho 24 anos e iniciei uma mudança de hábito em relação a investimento e educação financeira no fim de 2014. Com uma renda de R$ 1,5 mil, destino R$ 500 para oportunidades de investimento, pequenos negócios ou ações, e R$ 150,00 para renda fixa, que é aplicada mensalmente por compra programada em LFT com vencimento em 2017.
Iniciei essas aplicações em dezembro e venho seguindo a risca. Os R$ 500 para oportunidades de investimento não serão utilizados para esse objetivo de curto/médio prazo. São 100% dedicados ao longo prazo e a construir um patrimônio financeiro.
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Já para os R$ 150,00 da LFT, tinha como plano inicial sacar o montante em 2017 e reinvestir em renda fixa também para multiplicar o patrimônio, mas talvez seja algo interessante também para me ajudar a comprar uma moto de 250 cilindradas que é um sonho antigo.
Gostaria da ajuda de vocês para saber se: vale a pena destinar esse investimento para esse fim, ou seria melhor pensar mais em longo prazo, reinvestir os ganhos em renda fixa, etc. Além disso, se possível também me ajudar a escolher a melhor forma de financiamento dessa moto?
O que vale mais a pena? Um consórcio, linha de crédito, empréstimo no banco, poupar para comprar a vista, quitar com o LFT?
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Leitor: Vinícius
Resposta de Marcelo Guimarães Bastos Cotrim, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF
Caro Vinícius,
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Parabéns pelas iniciativas, sua disciplina é inspiradora para investidores de qualquer idade. Começando cedo você vai longe, e com duas rodas!
Se por um lado destinar os R$ 150 por mês da LFT para a moto pode ser uma maneira importante para ganhar produtividade, chegar mais rápido ao trabalho, universidade ou cliente, por outro lado é importante calcular bem o fluxo de caixa já que a moto, além de depreciar, puxa ainda caixa com manutenção, combustível, seguro obrigatório e equipamentos de segurança.
Para a aquisição da moto, o ideal seria poupar e comprar à vista, de preferencia barganhando um bom desconto pelo pagamento no ato. Se não for possível esperar, a segunda alternativa seria juntar uma parte como pagamento de entrada e financiar apenas o saldo, ficando a moto alienada em favor do banco até a quitação da dívida. Neste caso sugiro ainda considerar um seguro para a moto, pode parecer caro, mas é bom ter.
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Perceba que financiamentos usando o veículo como colateral podem ter juros menores que as linhas de crédito ao consumidor, então atenção aos juros cobrados em cada modalidade. Já o consórcio pode ajudar muito quem quer poupar, porém tem dificuldade com a disciplina no mês a mês. O serviço tem seu valor e por isso mesmo é devidamente cobrado, representando um custo adicional, então o consórcio seria nossa última alternativa.
Espero que as dicas sejam úteis. Sobre seu ativo mais divertido, a nova moto de 250cc, minha recomendação é viaje bastante! Divido uma frase atribuída à Santo Agostinho: “O mundo é um livro, e aqueles que não viajam leem somente uma página.”
Quando estiver na moto lembre-se de ir devagar nas curvas. Sucesso!
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Marcelo Guimarães Bastos Cotrim é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).
As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.
Perguntas devem ser feitas no e-mail onde_investir@infomoney.com.br
