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SÃO PAULO – Na última quarta-feira (30), o Copom (Comitê de Política Monetária) optou por cortar a taxa básica de juros no país mais uma vez em 0,25 ponto percentual, indo de 14% para 13,75% ao ano e seguindo um ciclo de afrouxamento fiscal. Seria essa uma boa oportunidade para investir em títulos atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou prefixados?
Na opinião do assessor de investimentos e sócio da Atlas Invest Max Scatimburgo, não. O momento é muito arriscado. Nesta quinta (1), após o anúncio, as taxas DI não reagiram com intensidade, o que mostra que esse já era um movimento bastante esperado pelo mercado.
No entanto, as atuais tensões políticas no Brasil e nos EUA podem fazer com que as curvas de juros futuras se abram, o que elevaria as taxas pagas por títulos prefixados e atrelados ao IPCA. Para Max, tanto as revelações futuras da Operação Lava Jato como eventuais surpresas negativas no governo Trump podem ser responsáveis por desencadear esse movimento.
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A relação entre a evolução das taxas de títulos com essas características e seu preço é inversamente proporcional: assim, quando as taxas caem, os preços sobem e quando o as taxas sobem, os preços caem. Com isso, um movimento de queda nessas taxas, que seria fruto de um maior período de estabilidade e confiança, significaria uma valorização nesses papéis.
No entanto, Max ressalta que o preço só passa por alterações para as pessoas que decidirem vender seus títulos antes do vencimento. “Para quem carregar até o final do prazo, receberá exatamente a taxa acordada no momento da compra. Inclusive, o momento é bom para fazer isso agora”, finaliza.
