Com diversidade de perfis na liderança e entre colaboradores, The Wall completa dois anos

Em um ambiente historicamente o masculino, a The Wall Investimentos, escritório de agentes autônomos da XP, vem enfrentando os desafios com uma cultura que prega a diversidade de perfis. A começar pela fundadora e CEO Vanessa Rothen. Antes de montar a própria assessoria, Vanessa foi sócia em outro escritório, entre 2018 e 2019.

“Naquela época, eu vivia um ótimo momento profissional, mas faltava algo. Com o tempo percebi que não havia um fit cultural entre eu, a única mulher, e os demais sócios e que o sonho de estruturar um negócio com o meu DNA ainda era latente”, explica a CEO, acrescentando que devolveu as cotas para não ter que cumprir a cláusula da não concorrência e montar a The Wall.

Claro que o começo de qualquer negócio é sempre delicado e exige esforço e resiliência redobrados para ultrapassar as dificuldades naturais dos primeiros anos.

“Tínhamos acabado de criar o escritório, em outubro de 2019, e meses depois os mercados desabaram com a covid-19. Isto nos impôs desafios que não estavam previstos e tivemos que alterar os planos já no primeiro ano nossa estratégia de crescimento”, comenta Vanessa.

Mesmo com as adversidades, os dois primeiros escritórios foram abertos em São Paulo e em Jundiaí. Após contratar seus primeiros profissionais, Vanessa percebeu uma característica que se destacava no escritório.

“Contratei uma consultoria, a You Exponencial, e foi ela quem destacou que havia diversidade em todos os aspectos. Como para mim tudo era natural, eu não percebia esta característica nossa.”

Ela cita como exemplo que há todas as gerações na The Wall, X, Y, Z, além de mulheres em postos de comando, negros e pessoas com deficiência (PCD).

“O que faltava era pôr no papel alguns valores, que já praticávamos como liderança pelo exemplo, senso de dono, espírito de equipe, perenidade e transparências nas relações internas e externas, por exemplo.”

A diversidade vem agradando tanto aos sócios e clientes, que recentemente a The Wall realizou uma campanha das redes sociais para atrair novos assessores divulgando justamente a pluralidade de perfil na sua equipe, que já começa nos postos de liderança com a própria Vanessa e a head de produtos, Alessandra Lara, sendo as duas maiores cotistas do escritório.

Hoje, 37,5% dos profissionais da The Wall são mulheres e 28% se definem como negros ou pardos. Além disso, 56% pertencem às gerações Z e Y, ambas abaixo de 40 anos, e outros 44% são da geração X, acima de 40 anos.

Modelo de partnership
Para manter a The Wall aderente aos princípios, o escritório não contrata oferecendo luva para os profissionais para evitar que cheguem à equipe pessoas com foco no curto prazo. “Nosso atrativo é a Partnership. Temos modelo de avaliação definido e buscamos quem quer construir junto”, destaca Vanessa.

Hoje, além de Jundiai e São Paulo, a The Wall também já está presente em Vitória, Porto Alegre, Salvador e Piracicaba com gestores formando as equipes, retomando o processo de crescimento interrompido em 2020.

No planejamento do escritório está atingir o R$ 1 bilhão sob custódia no final do primeiro trimestre do ano que vem. “Estamos com um time no forno preparados para isto. 2020 estruturamos, 2021 contratamos e 2022 vamos acelerar.”

Mesmo sendo pequenos, nas palavras da gestora, com R$ 360 milhões sob custódia, o escritório está “todo organizado e pronto para crescer”, com head de produto, áreas de câmbio, seguro, PJ e planejamento financeiro estruturadas. Os clientes, por sua vez, vêm aprovando o serviço. O NPS, indicador de qualidade no atendimento, é acima de 9.

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