Com dados desanimadores dos EUA, Ibovespa fecha em queda de 0,34%

Dados do mercado imobiliário no país desapontaram mercado; ações da Oi lideraram perdas, enquanto da Eletrobras tiveram maior avanço

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SÃO PAULO – Em dia bastante volátil para o Ibovespa – que chegou a operar em alta após a abertura dos mercados nos EUA, mas logo perdeu forças -, o índice fechou esta terça-feira (22) em queda. O benchmark da bolsa registrou perdas de 0,34%, aos 61.692 pontos, em meio ao desapontamento com os números do mercado imobilíario nos EUA. O giro financeiro foi de R$ 6,30 bilhões.

Apesar dos dados norte-americanos terem desanimado, os índices norte-americanos iniciaram a semana em alta, já que estiveram fechadas na véspera por conta do Dia de Martin Luther King Jr. Por lá, os investidores norte-americanos ficam de olho na intensificação da temporada de resultados. Entre os números mais relevantes, depois do pregão serão divulgados os números do Google e da IBM.

Na Europa, os investidores repercutiram a aprovação de um imposto sobre as transações financeiras pela União Europeia, apesar das reservas de centros financeiros como Londres e Luxemburgo. Ainda no continente, o índice ZEW de sentimento econômico disparou dos 6,9 pontos em dezembro para 31,5 pontos em janeiro, enquanto o mercado esperava um crescimento muito mais modesto. Segundo relatório do Bradesco, a expectativa era para algo em torno de 12 pontos. 

Não perca a oportunidade!

Oi lidera perdas
Dentre os destaques, as ações da Oi (OIBR3OIBR4) lideraram as perdas, em meio às mudanças na diretoria da empresa. Os preferenciais registraram queda de 7,01% por volta desse horário, atingindo os R$ 8,09, enquanto os ordinários recuaram 6,64%, aos R$ 9,00. O destaque também ficou com os papéis da Usiminas (USIM3;USIM5), com forte baixa de 5,58%, a R$ 12,35 para os ativos ON e de 6,07%, cotados a R$ 11,30 para os papéis PNA, repercutindo o corte de recomendação feito pelo BTG Pactual. 

Enquanto isso, os papéis da Eletrobras (ELET3ELET6) estiveram na ponta positiva do índice. Os preferenciais subiram 6,20%, aos R$ 13,70, enquanto os ordinários avançaram 5,19%, aos R$ 8,10. Fora do índice, destaque ainda para a nova alta dos papéis da CCX (CCXC3; R$ 3,83, +22,36%); na véspera, a companhia enviou um comunicado ao mercado afirmando que  o seu controlador fechará o seu capital. 

As maiores baixas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:

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 Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 OIBR4 OI PN 8,01 -7,93 -3,73 219,58M
 OIBR3 OI ON 9,00 -6,64 -1,75 9,93M
 USIM5 USIMINAS PNA 11,30 -6,07 -11,72 130,88M
 USIM3 USIMINAS ON 12,35 -5,58 -9,66 10,78M
 BISA3 BROOKFIELD ON 3,56 -5,57 +4,09 18,57M

As maiores altas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:

 Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 ELET6 ELETROBRAS PNB 13,70 +6,20 +30,73 58,50M
 ELET3 ELETROBRAS ON 8,10 +5,19 +27,96 32,38M
 RENT3 LOCALIZA ON 36,81 +3,22 -1,63 55,05M
 HYPE3 HYPERMARCAS ON 16,62 +2,59 0,00 77,25M
 VAGR3 V-AGRO ON 0,46 +2,22 +12,20 29,27M

As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram :

 Código Ativo Cot R$ Var % Vol1 Neg 
 VALE5 VALE PNA 39,59 +1,12 546,20M 19.722 
 PETR4 PETROBRAS PN 19,58 +0,98 453,86M 33.156 
 ITUB4 ITAUUNIBANCO PN 36,20 +1,12 250,94M 14.480 
 OIBR4 OI PN 8,01 -7,93 219,58M 17.069 
 BBDC4 BRADESCO PN 38,40 +0,81 197,86M 13.582 
 OGXP3 OGX PETROLEO ON 4,78 -3,04 154,38M 14.021 
 BBAS3 BRASIL ON 25,64 -1,12 143,73M 13.169 
 USIM5 USIMINAS PNA 11,30 -6,07 130,88M 17.499 
 SANB11 SANTANDER BR UNT N2 14,95 -3,17 128,09M 12.681 
 PETR3 PETROBRAS ON 19,90 +0,96 119,35M 10.979 

* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)
 

Agenda nacional e Ásia 
No Brasil, destaque para a sondagem industrial de janeiro, medida pela FGV (Fundação Getulio Vargas), e que mostrou apenas leve alta na confiança, o suficiente para levar ao maior patamar desde junho de 2011.

Durante a madrugada o destaque ficou por conta do banco central do Japão, o BoJ (Bank of Japan), que surpreendeu ao adotar uma postura similar ao Federal Reserve. A autoridade monetária japonesa anunciou compras de títulos de 13 trilhões de ienes por mês (cerca de US$ 145 bilhões) a partir do início do próximo ano, sem data para terminar.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.