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Órfãos da renda fixa” recorrem aos COEs e investimento bate a marca de R$ 15 bilhões

Os COEs vêm caindo nas graças dos brasileiros por oferecer, na sua maioria dos casos, 100% de capital protegido e permitir aplicações em ativos indexados a mercados internacionais

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A popularização dos COEs (sigla para Certificado de Operações Estruturadas) diante da queda de juros e a busca por investimentos mais rentáveis levou o ativo a bater o recorde de R$ 15,1 bilhões em estoque nesta quarta-feira (25), segundo dados da Cetip. O valor é 21% acima do observado no fim de 2017.

Os COEs vêm caindo nas graças dos brasileiros – especialmente em 2018, com a Selic em seu menor patamar histórico – por oferecer, na sua maioria dos casos, 100% de capital protegido e permitir aplicações em ativos indexados a mercados internacionais.

O assessor de investimentos Pier Mattei, sócio da Monte Bravo, chama de “órfãos da renda fixa” os novos investidores de COEs e fundos multimercados. “Alguns investidores, assim que a taxa de juros começou a cair com mais constância e amplitude, já perceberam a necessidade de reavaliar portfólio”, disse.

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Os COEs combinam a proteção da renda fixa com o rendimento da renda variável. Na renda variável ele pode estar atrelado a diversos tipos de investimentos, desde índices de ações (nacionais ou estrangeiros), moedas, juros, commodities e ações do mundo inteiro, sem risco cambial.

Antes exclusivo apenas para investidores bem endinheirados, os COEs atualmente estão sendo oferecidos a preços bem atrativos em plataformas abertas de investimentos – na XP Investimentos, por exemplo, é possível encontrar uma série de COEs cuja aplicação inicial é de R$ 5 mil.

É a chance de investidores conservadores começarem a diversificar o portfólio com exposição em outros mercados, sem colocar em risco seu capital investido. Isso porque cerca de 95% dos COEs emitidos no Brasil são de capital protegido, que reduz a zero o risco de prejuízo.

Um exemplo prático: se você comprou um COE de 6 meses de vencimento lastreado em um índice de ações internacional e este índice cair neste período, você recebe de volta o dinheiro investido neste COE, acrescido ainda de um “cupom”, que é a taxa de juro acumulada no período.

A única perda neste investimento está no “custo de oportunidade”, que é a diferença entre o rendimento do cupom do seu COE e o quanto esse dinheiro teria rendido se estivesse em uma aplicação segura de renda fixa.

O médico Thiago Chulam é um exemplo de investidor que observou a curva de juros em queda e realocou suas aplicações. Ele investe em COEs desde o ano passado e conta que, além da boa rentabilidade com baixo risco, a aplicação inicial reduzida foi um dos atrativos que o convenceram a apostar em uma “novidade” do mercado brasileiro. 

Tributação e riscos

A tributação dos COEs segue a tabela regressiva de imposto de renda para ativos renda fixa, conforme as alíquotas abaixo:

Alíquota de Imposto de Renda Prazo de resgate
22,5% inferior a 6 meses
20,5% de 6 a 12 meses
17,5% de 12 a 24 meses
15% acima de 24 meses

Embora tenha “risco zero” quando falamos de prejuízo operacional, alguns riscos são importantes de serem considerados ao investir em COE. O primeiro está na liquidez: os certificados com capital protegido só garantem 100% do investimento na data do vencimento, por isso o ideal é que, ao investir em um COE, carregue a posição até o vencimento.

Além disso, os COEs carregam em si o risco de crédito da instituição financeira emissora. Como os certificados não fazem parte da cobertura de proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), o investidor não será ressarcido em caso de falência do banco emissor. Por isso, é importante buscar COEs emitidos por bancos que te passem credibilidade e conforto.

Quer investir em COEs? Clique aqui e abra sua conta na XP Investimentos

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