Clientes do BofA elevam preocupação com supervalorização das bolsas

Pesquisa do banco revela que 78% dos investidores acreditam que o mercado acionário está supervalorizado

Bloomberg

(Bloomberg) — Investidores despejam recursos em um mercado acionário que parece o mais supervalorizado em décadas, enquanto um dos ralis menos queridos da história preocupa profissionais de Wall Street.

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Essa é a conclusão tirada da mais recente pesquisa de sete dias do Bank of America, encerrada em 11 de junho – justo quando o S&P 500 registrou a pior queda desde a turbulência de março.

A pesquisa indicou que gestores de fundos reduziram posições em dinheiro no maior ritmo desde agosto de 2009, para 4,7%, com o objetivo de usar reservas para acompanhar o rali. Com índices acionários de referência globais em alta de 30% em relação às mínimas deste ano, hedge funds aumentaram a exposição em renda variável para 52%, o nível mais alto desde 2018, segundo a pesquisa.

Uma impressionante parcela de 78% dos investidores consultados, a maior porcentagem desde que a pesquisa foi iniciada, em 1998, acredita que o mercado acionário está supervalorizado; 53% classificam o rali como baixista.

Como as quarentenas terminaram em algumas das principais economias, investidores aumentaram apostas de crescimento, mas disseram que não esperam que o setor de manufatura global mostre expansão antes de outubro.

Ao mesmo tempo, apenas 18% dos “otimistas mal-humorados” esperam uma recuperação econômica acentuada em forma de “V”. Uma parcela de 64% espera uma retomada em forma de ‘U’ ou ‘W’, ou mais gradual, de acordo com o BofA.

A pesquisa mostra aumento das expectativas de crescimento, níveis de caixa em queda e maior apetite por risco, disseram estrategistas liderados por Michael Hartnett, em relatório publicado na terça-feira. “Wall Street passou do ‘pico do pessimismo’”, disseram, mas o otimismo de junho é “frágil”.

A pesquisa do BofA chega em um momento de incerteza elevada para muitos players do mercado após a queda do índice S&P 500 na semana passada, em meio às preocupações com uma segunda onda de infecções pelo Covid-19 e recuperação econômica que não será tão rápida quanto esperado.

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