Central de FIIs: com ganhos de 2,72%, Ifix tem melhor semana desde julho

Confira as informações que influenciam na indústria dos fundos imobiliários hoje

Wellington Carvalho

(conceptualmotion/ Getty Images)

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O IFIX – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa fechou a sessão desta sexta-feira (03) em forte alta de 1,08%, aos 2.610 pontos. Desde segunda-feira (29), o indicador acumula ganhos de 2,72%. É a melhor semana do Ifix desde a iniciada em 11 de julho, quando o indicador subiu 2,87%. No ano, o índice acumula perdas de 9,04%.

Hoje, os investidores ainda repercutiram dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, especialmente os relacionados à Construção Civil, que apresentou crescimento de 3,9% nos últimos trimestres (leia mais ao longo do Central de FIIs).

A recuperação do segmento de lajes corporativas também está no radar dos investidores. Em evento online realizado na noite desta quinta-feira (2), a BlueMacaw, gestora com R$ 2 bilhões em custódia, apontou boas oportunidades no setor.

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Marcelo Fedak, CEO da BlueMacaw, lembrou que a vacância no segmento aumentou como resultado das restrições impostas pela pandemia do Covid-19, mas deverá cair aos níveis anteriores com o movimento de retorno aos escritórios.

Diante do cenário, Fedak reforça a aposta nas lajes corporativas. “Tem muita coisa aqui que, comparado com o valor histórico, está mais barato do que deveria estar. E com a convicção que temos de que haverá o retorno ao trabalho presencial, é um bom negócio estar posicionado no setor”.

O CEO da BlueMacaw dá o exemplo da negociação de seis andares do Pátio Malzoni, famoso edifício da região da Faria Lima, em São Paulo (SP). Os espaços foram adquiridos por R$ 39 mil reais o metro quadrado. Em Londres e em Nova Iorque, empreendimentos semelhantes estariam sendo negociados entre R$ 72 mil e R$ 118 mil.

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Maiores altas desta sexta-feira (03):

Ticker Nome Setor Variação (%)
TEPP11 Tellus Properties Lajes Corporativas 8,07
XPSF11 XP Selection Outros 7,84
JSRE11 JS Real Estate Híbrido 6,65
AIEC11 Autonomy Edifícios Lajes Corporativas 5,1
KFOF11 Kinea FoF Títulos e Val. Mob. 5,01

Maiores baixas desta sexta-feira (03):

Ticker Nome Setor Variação (%)
GGRC11 GGR Covepi Renda Logística -2,57
PORD11 Polo Recebiveis Títulos e Val. Mob. -2,22
RFOF11 RB Capital Títulos e Val. Mob. -1,23
HGRE11 CSHG Real Estate Lajes Corporativas -1,14
MFII11 Mérito Desenvolvimento Híbrido -0,77

Fonte: B3

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BB Progressivo (BBFI11B) recebe aluguel atrasado do Banco do Brasil (BBAS3)

O fundo BB Progressivo comunicou ao mercado que recebeu o aluguel de novembro devido pelo Banco do Brasil, que ocupa o imóvel Centro Administrativo, no Rio de Janeiro (RJ). Na terça-feira (30), o fundo havia informado, em fato relevante, que o pagamento estava atrasado.

De acordo com a administradora do BB Progressivo, o valor da locação, de R$ 2,2 milhões, foi depositado judicialmente com a correção prevista no contrato.

Pelos cálculos do fundo, o atraso no pagamento da locação causaria uma redução nos rendimentos equivalente a R$ 5,19 por cota.

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Com patrimônio líquido de R$ 329 milhões, o fundo tem hoje 8.223 cotistas. Além do Centro Administrativo, o BB Progressivo conta com outro imóvel na carteira, o SEDE I, em Brasília. No final do mês de setembro, a taxa de vacância do portfólio estava em 72%.

Na manhã de quarta-feira (1) o fundo VBI Properties também havia comunicado atraso no recebimento do aluguel devido pela Johnson & Johnson do Brasil, empresa da área de saúde, que ocupa parte do condomínio edilício Complexo JK, na região da Faria Lima, coração financeiro de São Paulo.

No mesmo dia, o VBI veio a público novamente confirmar que a empresa, que aluga 12% da área bruta locável (ABL) do fundo, regularizou o pagamento que estava em aberto.

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Giro imobiliário: Construção aliviada com dados do PIB 

Construção Civil aliviada com participação do setor no PIB

A construção civil cresceu 3,9% entre o segundo e o terceiro trimestre de 2021, de acordo com os dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do País divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do setor foi acima do PIB nacional, que registrou variação negativa de 0,1% no período.

Na avaliação de Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o desempenho é mais uma demonstração de força e resistência do setor.

“O setor tem sido protagonista no processo de recuperação econômica pós-pandemia, sendo responsável pela criação de 310 mil postos formais de trabalho nos últimos 12 meses”, diz.

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Ainda de acordo com os dados do IBGE, de janeiro a setembro, a construção registrou crescimento de 8,8%, em relação ao mesmo período do ano passado. O índice acompanha as projeções do setor para o encerramento do ano.

“O resultado do setor foi destaque e demonstra que podemos fechar 2021 com alta superior aos 5% que prevíamos anteriormente”, ressalta Ieda Vasconcelos, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.