Captação de fundos de renda fixa cai 90% em abril; saques de multimercados e ações diminuem

Entradas líquidas (deduzidos os resgates) em fundos de renda fixa chegaram a R$ 4,9 bilhões no mês passado, frente a R$ 42,4 bilhões em março

Bruna Furlani

(Rmcarvalho/Getty Images)

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Mesmo diante de uma Selic acima de dois dígitos, as captações líquidas (depósitos menos resgates) de fundos de renda fixa continuaram subindo em abril, mas em ritmo bem menor do que o registrado nos meses anteriores. Em termos práticos, as entradas líquidas em fundos de renda fixa chegaram a R$ 4,9 bilhões em abril, quase 90% menor do que o visto em março, que foi de R$ 42,4 bilhões.

Os dados são da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No acumulado do ano, as entradas líquidas nos fundos de renda fixa chegam a R$ 114,4 bilhões.

Entre as demais classes de fundos da Anbima, apenas aqueles focados em direito creditório (FIDCs) e de participações (FIPs) terminaram o mês de abril no azul, com depósitos líquidos de R$ 50,4 bilhões e de R$ 674,1 milhões, respectivamente.

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Ao longo deste ano, no entanto, o movimento é misto. Os depósitos líquidos feitos em FIDCs estão no campo positivo em R$ 61,6 bilhões. Já os FIPs estão negativos no acumulado do ano, com saques líquidos de R$ 2,6 bilhões.

Mais resgates do que entradas

A situação também segue complicada para fundos de ações e multimercados, que registraram saídas líquidas de R$ 7,3 bilhões e de R$ 6,7 bilhões, nessa ordem, em abril. É possível perceber, no entanto, que os saques têm perdido força no último mês.

Apenas a título de comparação, em março, fundos de ações e multimercados apresentaram resgates líquidos de R$ 12,3 bilhões e de R$ 8,3 bilhões, respectivamente.

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No acumulado do ano, fundos de ações ainda amargam saídas líquidas de R$ 38,3 bilhões e as captações líquidas estão negativas em R$ 47,2 bilhões para os multimercados.

Fenômeno parecido também é registrado entre fundos de previdência. Em abril, as saídas líquidas dessa classe de fundos terminaram em R$ 2,9 bilhões. No ano, os resgates líquidos já chegam a R$ 5,2 bilhões.

Fundos de índice (ETFs) e fundos cambiais também amargam perdas líquidas em abril no valor de R$ 354,1 bilhões e de R$ 330,3 milhões, nessa ordem. Nos quatro primeiros meses do ano, as saídas líquidas já alcançaram os R$ 2,4 bilhões, no caso dos ETFs. Já os fundos cambiais seguem no campo positivo, com entradas líquidas de R$ 1,1 bilhão ao longo deste ano.

Rentabilidade

Ao olhar os retornos oferecidos pelos fundos, os destaques estão nos fundos cambiais, com alta de 3,65%. Na sequência, estão os multimercados com estratégia long e short neutro (que montam posições que apostam na valorização e na desvalorização de ativos, com o objetivo de manter a exposição financeira líquida limitada a 5%), com avanço de 2,86%.

Já fundos de ações setoriais são os que amargaram o pior desempenho em abril, com perdas de 21,64%.

No acumulado do ano, fundos multimercados com estratégia macro chamam a atenção ao garantir a melhor performance entre as classes de fundos, com uma alta de 9,64%.

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