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SÃO PAULO – Em um período de grandes reviravoltas tanto na política doméstica como internacional, a procura pelo visto para investidores EB-5 recuou no Brasil. Segundo Ingrid Barancchini, advogada especialista em imigração, após o impeachment de Dilma Rousseff, a entrada de Michel Temer na presidência e com as eleições norte-americanas à flor da pele, os investidores estão deixando em segundo plano a aplicação para o visto.
A advogada explica que ao contrário da maioria das leis dos Estados Unidos, que variam de acordo com cada estado, as relacionadas à imigração são federais e, portanto, não sofrem mudanças constantes. No campo dos investimentos, porém, o cenário é diferente, pois é mais volátil e sofre influências políticas, uma vez que os governantes e suas medidas alteram a percepção dos estrangeiros sobre o país.
A menos de um mês para as eleições presidenciais, Donald Trump e Hillary Clinton se desafiam em debates eleitorais. Por conta de seus ideais completamente distintos, que podem mudar a forma de receber novos imigrantes, o Congresso Americano, que estava avaliando o aumento do valor mínimo de investimento para US$ 800 mil para o requerimento do visto EB-5, optou por postergar a votação para o dia 9 de dezembro.
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“Esse é um ano excepcional”, explica a advogada. “Ninguém esperou que a Hillary e o Trump fossem concorrer na reta final”, diz. Segundo ela, as propostas de Trump são, em sua maioria, contra a entrada de estrangeiros e isso pode restringir o acesso e dificultar a entrada de novos investidores no país. “O Brasileiro recuou, está atento, com dinheiro guardado e esperando para ver o resultado das eleições nos EUA”, aponta.
A especialista em visto EB-5 explica que as novas cotas de aplicação para o visto já estão disponíveis e que enquanto não ocorrer a votação, o valor de investimento através do EB-5 permanece de US$ 500 mil.