Campos Neto fala em Londres que BC trabalha em projeto para gerar avanço na indústria de fundos

Campos Neto particip da Lide Brasil Conference London, evento realizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide)

Estadão Conteúdo

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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 21, que a autoridade monetária está trabalhando em um projeto que visa a um avanço na indústria de fundos, como foi feito na indústria bancária. O banqueiro central fez essa afirmação ao responder uma pergunta da ex-ministra da Agricultura do governo Dilma Rousseff (PT), a empresária e pecuarista Kátia Abreu, sobre o efeito dos depósitos voluntários na dívida. Segundo Campos Neto, os depósitos voluntários são um instrumento que dá muita flexibilidade ao BC.

“A gente tem mais ou menos R$ 70 bilhões feitos em depósitos voluntários”, disse o presidente do BC, acrescentando que uma das perguntas que mais fazem a ele neste assunto é sobre o efeito deste instrumento sobre a dívida.

“O efeito na dívida é que você diminui a dívida bruta, porque hoje temos um problema na contabilidade do Banco Central. É como se você tivesse um ativo e um passivo que você conta diferente dependendo do método. Então, como temos uma dívida que foi emitida para comprar reservas e uma coisa é contabilizada de um jeito e outra, contabilizada de outro jeito, temos uma distorção entre o que é minha dívida liquida e o que é minha dívida bruta”, explicou Campos Neto.

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De acordo com ele, essa distorção é mais ou menos o montante das reservas. “Quando fazemos depósito voluntário, puxamos de um livro para outro e se faz um match entre ativo e passivo, o que faz com que a dívida bruta diminua”, disse o banqueiro central.

Ele argumentou que não se avançou nos depósitos voluntários porque o BC quer também fazer depósito voluntário com os fundos. Esse plano se justifica no fato de grande parte das compromissadas estar na indústria de fundos, e não na indústria bancária. “Estamos fazendo um projeto para isso”, disse Campos Neto.

Isso, de acordo com Campos Neto, não vai melhorar a dívida do Brasil em si. Só melhora o número da dívida bruta que hoje tem uma distorção por uma questão contábil, segundo o banqueiro central.

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Campos Neto participou nesta sexta-feira do evento Lide Brasil Conference London, evento que o Grupo de Líderes Empresariais (Lide) realiza desde quinta-feira, 20, em Londres.