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Enquanto Wall Street tem as suas ”Magnificent Seven” (Sete Magníficas), que são empresas de tecnologia que têm despontado na Bolsa em meio à corrida da Inteligência Artificial, um grupo de sete empresas brasileiras têm se destacado no Ibovespa devido à alta rentabilidade e sólida margem de crescimento e ganho de escala – e estão sendo chamadas de “Brazil’s Magnificent Seven” (As sete magníficas do Brasil), em uma lista elaborada pelo Bank of America (BofA).
Um relatório do BofA, que cita estratégias de investimento na América Latina, aponta que essas empresas estão se apoiando em fundamentos operacionais sólidos para superar o alto patamar da taxa Selic. Além disso, elas trazem diversificação setorial, incluindo e-commerce, bancos, fabricante de motor elétrico, aluguel de carros e farmácia.
Enquanto o Ibovespa rompeu máximas históricas neste mês, superando os 164 mil pontos, o BofA estima que, em 2026, o índice deve ficar entre 210 mil pontos, em um cenário otimista, e 130 mil pontos em um cenário mais pessimista – a depender da percepção do mercado sobre a política fiscal do próximo ano.
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‘Brazil’s Magnificent 7’
Em um encontro com jornalistas nesta quinta-feira (11), David Beker, chefe de economia para Brasil e estratégia para América Latina BofA, afirmou que o setor de tecnologia no Brasil não é robusto como o americano, mas tem empresas que historicamente performam bem, mesmo em cenário de volatilidade.
A lista com as sete “empresas magníficas” do Brasil inclui nomes como MercadoLivre (MELI34), Nubank (ROXO34), WEG (WEGE3), BTG (BPAC11), Raia Drogasil (RADL3), Localiza (RENT3) e Itaú (ITUB4).
“Você olha para a performance dessas empresas e não são tão diferentes das Magnificent 7 dos EUA”, afirma Beker. “Mesmo que você não tenha um setor de tecnologia no Brasil, você tem ações que conseguem performar, historicamente, mesmo em cenários de volatilidade e de incerteza”, avalia.
Para chegar à lista, o BofA avaliou o retorno total acima da Selic, a capitalização de mercado, o turnover, o valor do preço atual e o lucro esperado para os próximos 12 meses, a receita de 4 anos e o ROE esperado para os próximos 3 anos. A seleção final incluiu a mario média de classificação nestas quatro variáveis.
Retorno acima da Selic e Ibovespa
O grupo inclui um e-commerce (MercadoLivre), três bancos (BTG, Nubank e Itaú), um fabricante de motores elétricos (WEG), uma empresa líder em aluguel de carros (Localiza) e uma operadora de farmácias (Raia Drogasil).]
Os retornos dessas empresas superaram a Selic em 19 dos últimos 26 anos, mas ficaram inferior à taxa básica de juros durante as cruzes de 2008 e 2015, e nos ciclos de alta de 2015, 2021-2022 e 2024.
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| ‘Brazil’s Magnificent Seven’ | ||||||
| Empresas | Ticker | Performance | Capitalização (US$ bilhões) | Turnover (US$ milhões) | Índice Preço/Lucro próx 12m | ROE |
| Mercado Livre | MELI US | 12% | 109 | 986 | 68 | 38 |
| Nubank | NU US | 17% | 85 | 733 | 46 | 31 |
| WEG | WEGE3 BS | 12% | 36 | 69 | 30 | 28 |
| BTG | BPAC11 BS | 32% | 51 | 69 | 11 | 25 |
| Itaú | ITUB4 BS | 31% | 83 | 143 | 8 | 24 |
| Raia Drogasil | RADL3 BS | 3% | 8 | 36 | 32 | 21 |
| Localiza | RENT3 BS | 3% | 10 | 59 | 17 | 15 |
‘Chorinho’: 10 magníficas
Ao expandir a triagem do BofA para dez empresas, três outras companhias entrariam nesse “chorinho” das magníficas: B3, Caixa Seguridade e Sabesp.
Segundo o BofA, a B3 teve um ROE esperado relativamente alto, mas o crescimento da receita ficou historicamente fraco. A Caixa Seguridade teve um forte crescimento esperado, mas o preço sobre lucro ajustado e a capitalização de mercado foram menores,. Já a Sabesp ficou próxima, mas com classificação média ligeiramente inferior.