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‘Brasil não tem ativos suficientes para uma carteira eficiente’, diz Ruy Alves, da Kinea

Para o gestor, o bom desempenho de ativos no Brasil está relacionado ao contexto internacional e os investidores deveriam ter esse olhar mais global

Monique Lima

(Getty Images)

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Para o Brasil caminhar bem, precisa que China e Estados Unidos também estejam bem, tanto pela correlação dos ativos financeiros quanto pela dependência econômica e o contexto macroeconômico, afirma o gestor da Kinea Investimentos, Ruy Alves.

Em entrevista ao InfoMoney, durante a Expert XP 2023, o gestor afirmou que, nos últimos anos, os investidores brasileiros passaram a ter um olhar mais internacional para a diversificação de carteira, mas que ainda há muito o que melhorar.

Um dos impulsionadores para esse interesse seria a restrição de setores e opções de investimentos nacionais. “O Brasil não tem ativos suficientes para uma carteira eficiente. Existem teses relevantes e fortes, de setores ou economias, que não existem por aqui”, afirma Alves.

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Segundo ele, grande parte dos fundos da Kinea têm ativos internacionais que são relevantes para o retorno dos ativos. Algumas das teses atuais em que a gestora de ativos investe neste momento têm foco nas ações dos Estados Unidos.

Os setores são tecnologia, bancos e energia, com foco no urânio. “A tecnologia sempre se renova e é responsável por grandes mudanças na nossa sociedade. Foi no passado e continua sendo”, afirma. Já os bancos estão com preços descontados, na análise da Kinea. E o urânio faz parte da tese de energia nuclear, que continua forte e “melhor precificada” neste momento.

EUA e China

Para o gestor, embora os Estados Unidos tenham problemas na economia atualmente, as coisas estão melhores do que se projetava no começo deste ano. A recessão não veio. A inflação já dá sinais de arrefecimento e os juros não devem subir mais neste ano.

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Os títulos públicos do governo, que já eram atrativos pela segurança, agora estão mais interessantes ainda, devido ao alto rendimento. Alves afirma que essa pode ser uma porta de entrada muito interessante para o investimento internacional.

“É um pagamento de 5% em títulos que remuneram em dólar. Para brasileiros que gostam de renda fixa, é bom”, diz Alves.

Já a posição na China se concentra em uma empresa, a fabricante de carros elétricos BYD.

Para o gestor, o país está desacelerando e passando por uma transição na economia. O foco em infraestrutura e setor imobiliário, que rendeu muito crescimento ao país em anos passados, agora chegou ao limite e não será mais um impulsionador.

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No Brasil, ele acredita que o impacto será nas empresas ligadas ao setor de metalurgia e siderurgia. Mas, em termos de relações comerciais, o agronegócio deve manter uma boa balança entre os países.

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