Bolsa estuda incluir mais funções no programa do Tesouro Direto

Medida faz parte de uma iniciativa da BM&F Bovespa de ampliar a participação de pessoas físicas no mercado de títulos públicos

Flávia Furlan Nunes

Publicidade

SÃO PAULO – A BM&F Bovespa estuda aprimorar o programa do Tesouro Direto, criado em 2002 para que pessoas físicas pudessem investir em títulos públicos federais pela internet.

“Estamos analisando algumas funcionalidades como as existentes no programa dos Estados Unidos”, afirmou o diretor de Renda Fixa e Câmbio da BM&F Bovespa, Sérgio Goldenstein.

A bolsa estuda o débito automático no agente de custódia, um desconto em folha de pagamento e também o reinvestimento automático de juros e resgate.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Popularização
A BM&F Bovespa está engajada em um programa de popularização do Tesouro Direto, pois, apesar de ele ter 210 mil pessoas físicas cadastradas, pouco mais de 45 mil têm saldo em conta.

Para se ter uma ideia, enquanto no Reino Unido 16% dos investidores em títulos da dívida pública são pessoas físicas, no Brasil a participação chega a apenas 0,2%.

“Para o investidor, o mercado de renda fixa ainda é desconhecido”, afirmou Goldenstein, que comparou os mais de 45 mil que aplicam no Tesouro com as 610 mil pessoas físicas que estão na bolsa – segundo dados de novembro -, que é “um mercado mais complexo”, em suas palavras.

Continua depois da publicidade

“O Tesouro é atraente para a pessoa física, tem títulos pré-fixados, pós-fixados, que acompanham a inflação, com diferentes prazos”, disse.

Entraves
Em relação aos entraves para o investimento em títulos públicos, ele citou a falta de educação financeira no Brasil. “É importante que haja esse avanço”, destacou.

É em busca disso que a primeira iniciativa do programa da bolsa será um incentivo financeiro aos agentes de custódia, de acordo com a evolução da base de investidores por ele administrada, que passará a valer já no primeiro semestre de 2011.

Continua depois da publicidade

“Vamos dar o crédito para usarem como quiserem, ou para fomentar o Tesouro Direto ou a educação financeira. O importante é dar mais capilaridade às corretoras”, ressaltou Goldenstein.

Na prática, a bolsa dará um crédito semestral aos agentes, sendo que o valor total corresponderá a 0,15% sobre o volume total de compras do Tesouro Direto realizadas no semestre.