BlackRock reduz taxa de administração do principal ETF da Bolsa brasileira

Custo do BOVA11 passa de 0,54% para 0,30% a partir de sexta-feira e se iguala à taxa do concorrente do Itaú

Beatriz Cutait

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SÃO PAULO – Principal ETF do mercado brasileiro, o “BOVA11”, que busca replicar o desempenho do Ibovespa, passa a ter uma taxa de administração anual de 0,30% sobre o patrimônio líquido a partir desta sexta-feira (21), o que representa uma redução em relação aos 0,54% atuais. Com isso, o ETF da BlackRock passa a contar com a mesma taxa do concorrente do Itaú (“BOVV11”) e abaixo da Caixa Econômica (“XBOV11”), com custo de 0,50% ao ano.

Dentre os ETFs existentes hoje, as taxas de administração variam de 0,059% (“PIBB11”, que busca refletir o desempenho do índice IBrX-50) a 0,69% (“SMAL11”, que espelha a trajetória de uma carteira composta pelas empresas de menor capitalização da Bolsa).

Em fato relevante divulgado ao mercado, a BlackRock ainda informou que o regulamento do fundo também foi alterado para aumentar o limite para empréstimo de ações da carteira como um todo, para 40% do patrimônio, e do total a ser emprestado por cada ação detida pelo fundo, para 70%.

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O mais líquido

O BOVA11 é o ETF mais líquido da Bolsa. Dados de maio da B3 indicam um volume negociado de R$ 56,4 bilhões no acumulado de 2019, ou 84% do total. O BOVV11 é responsável pela segunda posição em giro, em torno de R$ 7 bilhões neste ano (ou 10,4% do total).

Há hoje no mercado 17 ETFs, dos quais dois de renda fixa. O mais recente deles é o IMAB11 (que busca espelhar o desempenho do IMA-B), do Itaú, cujas cotas começaram a ser negociadas em maio, e ainda não constaram do levantamento da B3.

Investidores institucionais respondem pela maior fatia desse segmento, com 68% do volume negociado em maio. As pessoas físicas respondiam por 11,34% no período.

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O mercado conta hoje com cerca de 70 mil investidores, mais do que o dobro de junho de 2018 (30,1 mil). O patrimônio líquido dessa indústria no Brasil é de R$ 18,1 bilhões, dos quais R$ 6,3 bilhões do BOVA11 (BlackRock) e R$ 6,4 bilhões, do BOVV11 (Itaú).

Em breve, o mercado deverá ganhar ainda mais um concorrente, com o lançamento, pela Bram, gestora do Bradesco, de outro ETF para replicar o principal índice da Bolsa. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a proposta será oferecer taxa de administração mais competitiva em relação à dos concorrentes. No site da B3, o novo ETF já consta da lista de fundos de índice de renda variável, com código inicial “BOVB”.

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Beatriz Cutait

Editora de investimentos do InfoMoney e planejadora financeira com certificação CFP, responsável pela cobertura do universo de investimentos financeiros, com foco em pessoa física.