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BlackRock prevê mais volatilidade para renda fixa americana e destaca apostas para 2024

Casa vê riscos de inflação nos EUA voltar para perto de 3% em 2025

Bruna Furlani

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Com a visão de que a inflação nos Estados Unidos pode passar por um período de forte sobe e desce e chegar perto de 3% em 2025, a BlackRock, maior gestora de investimentos do mundo, acredita que a renda fixa americana ainda verá forte volatilidade ao longo dos próximos meses.

Em relatório semanal, a casa afirmou que espera que a inflação americana termine este ano bem perto da meta de 2%. O problema estará no ano que vem. Para 2025, a gestora aguarda uma elevação, à medida em que os preços de bens freiem a queda e que a fragmentação geopolítica gere pressões inflacionárias mais para frente.

“Achamos que o Fed pode não ser capaz de cumprir com os cortes que o mercado espera, mesmo diante da moderação do crescimento, à medida que os consumidores esgotam as suas poupanças da pandemia e os gastos do governo com defesa
e o perdão de empréstimos estudantis diminuam gradualmente”, pontuou a gestora.

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Dentro da renda fixa americana, a casa conta que manteve a alocação acima da média de mercado (overweight) para os títulos do Tesouro americano (Treasuries) de prazo mais curto, assim como seguiu com uma perspectiva neutra para os papéis com vencimento mais longo.

“Pensamos que os investidores poderiam exigir mais compensação pelo risco de possuir títulos de longo prazo devido ao aumento da dívida pública e diante de uma perspectiva de inflação mais incerta”, observou a BlackRock.

Segundo dados da plataforma CME Group compilados por volta das 16h (horário de Brasília) desta terça-feira (9), agentes financeiros colocam uma possibilidade de 61% de que o Fed consiga realizar o primeiro corte de juros de 0,25 ponto na reunião de março.

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Uma semana antes, a probabilidade implícita colocada pelo mercado para o encontro que ocorrerá daqui a dois meses estava em 70%. O percentual sofreu ajustes após a divulgação de dados mistos de emprego e de atividade na semana passada.

Investidores agora aguardam mais dados de inflação dos Estados Unidos, que serão divulgados na quinta-feira (11). A expectativa dos agentes é que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) recue para 3,8% em dezembro, ante 4% no mês anterior, segundo pesquisa da Bloomberg.