Bitcoin cai US$ 1 mil em uma hora de olho em depoimento do Facebook no Senado dos EUA

No Brasil, o Bitcoin registrava queda de 12%, a R$ 36.076. No mesmo horário, apenas quatro dos 100 maiores criptoativos do mundo registraram ganhos

Rodrigo Tolotti

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Bitcoin, assim como outras criptomoedas, engataram um movimento de forte queda na tarde desta terça-feira (16) com investidores atentos ao depoimento de David Marcus, executivo do Facebook responsável pela moeda digital Libra, no Congresso dos Estados Unidos.

Às 19h47 (horário de Brasília), o Bitcoin registrava perdas de 11,95% no acumulado de 24 horas, cotado a US$ 9.580, perdendo a marca dos US$ 10 mil pela primeira vez em duas semanas. Por volta das 14h, em apenas uma hora, a moeda digital perdeu US$ 1 mil de valor.

No Brasil, o Bitcoin registrava queda de 12,05%, a R$ 36.076. No mesmo horário, apenas quatro dos 100 maiores criptoativos do mundo registraram ganhos, com o Ethereum e a Litecoin apresentando as maiores perdas entre as cinco maiores moedas, recuando 14% cada uma.

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Analistas não deram uma explicação sobre esta queda repentina, mas o mercado já vinha se mostrando mais frágil desde o fim de semana, com o Bitcoin recuando de US$ 11.500 para a casa dos US$ 10 mil. Além disso, o depoimento do executivo do Facebook no Congresso americano ganhou destaque, principalmente após as recentes declarações do presidente Donald Trump contra o Bitcoin e a moeda da rede social, a Libra.

Em depoimento ao Senado, Marcus disse que a Calibra, subsidiária do Facebook responsável por operar pagamentos na criptomoeda, não terá permissão para compartilhar dados dos usuários ou suas transações com nenhuma companhia, incluindo o próprio Facebook, mas que a coleta das informações é necessária.

Além disso, ele ressaltou que a Calibra exigirá documentos oficiais de identificação como parte de uma política de regulação e prevenção de crimes.

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O executivo também disse que a criptomoeda não será usada para competir com poupanças em bancos ou rendimento de juros. De acordo com Marcus, o objetivo da Libra é expandir o acesso a formas modernas de pagamento por parte da população. Ele reiterou ainda que a moeda digital obedecerá a todas as regulações aplicáveis a instituições financeiras.

Perguntado sobre a competição entre essas carteiras digitais, o executivo declarou que o Facebook não irá adotar medidas para impedir a competição com outras companhias, mas admitiu que as plataformas do Facebook, como o Messenger e o WhatsApp, oferecerão suporte somente à Calibra

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.