Balança comercial de setembro registra segundo maior superávit de 2001

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou nesta segunda-feira o saldo da balança comercial do mês de setembro de 2001. A balança comercial brasileira neste mês apresentou superávit de US$ 594 milhões resultado de exportações no valor de US$ 4,755 bilhões e importações de US$ 4,161 bilhões, mantendo a trajetória de saldos positivos […]

Equipe InfoMoney

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O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou nesta segunda-feira o saldo da balança comercial do mês de setembro de 2001. A balança comercial brasileira neste mês apresentou superávit de US$ 594 milhões resultado de exportações no valor de US$ 4,755 bilhões e importações de US$ 4,161 bilhões, mantendo a trajetória de saldos positivos iniciada a partir de abril. Mesmo com a redução da liquidez nas ofertas de ACC o país alcança o segundo melhor desempenho mensal desde a implantação do plano real.

Principais Destaques:

Durante o mês de setembro a balança comercial foi beneficiada pela devolução de algumas aeronaves que entraram como exportação. Além disso, a desvalorização do real impulsionou as exportações, ao mesmo tempo em que deixou mais caro, os produtos importados para os consumidores brasileiros. A desaceleração econômica ainda reduziu a demanda por bens de capital, matérias primas e intermediários com relação ao mês passado.

Neste contexto houve uma redução mais do que proporcional nas importações em relação ao aumento das exportações, contribuindo para o saldo positivo registrado pela balança comercial em setembro. No lado das exportações, os principais destaques ficaram por parte dos produtos básicos.

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Análise das Exportações:

O câmbio favorável continua impulsionando nossas vendas ao exterior. A ampliação no total das exportações foi causada pelo aumento das vendas dos itens básicos (+40,7%). Impulsionadas principalmente pelos embarques de soja em grão, farelo de soja, fumo em folhas, algodão e carnes de frango, bovina e suína. Destacaram-se ainda petróleo bruto e milho em grão, produtos que não registraram exportações no mesmo período do ano anterior.
Sobre os dois meses anteriores (agosto/2001 e julho/2001), observou-se, pela média diária, uma recuperação nas vendas de manufaturados, com aumento de 4,6% e de 9,0% respectivamente, mas analisando o mesmo período do ano anterior houve queda de 11,6%. Os semimanufaturados também obtiveram queda de 9,7% norteados pela diminuição na exportação de semimanufaturados de ferro e aço (-60,3%), alumínio (-59,3%), celulose (-53,9%).

Análise das Importações:

Na comparação entre setembro de 2001 em relação ao ano anterior, tivemos por parte das importações queda de 17,6%. Contribuíram para essa retração a diminuição nas aquisições de automóveis (-49%), bens de consumo duráveis (-37,4%) e petróleo (-20,3%), iniciada pela desvalorização cambial (automóveis e bens de consumo) ou aumento da produção interna (petróleo). A menor queda foi para os bens de capital (-10,3%), que obteve este desempenho porque seu subitem maquinário industrial teve um aumento de 10,0%.

Principais parceiros comerciais do Brasil

A união européia se destaca respondendo por 24,48% dos produtos brasileiros exportados, enquanto o Brasil retribui com 28,38% da nossa pauta de importações. Os EUA e o mercosul compram 22,50% e 8,96%, respectivamente, de nossas exportações e participam com 22,09% e 12,16% do total importado pelo Brasil.

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Mês Exportação
(US$ bilhão)
Importação
(US$ bilhão)
Saldo
(US$ milhão)
Janeiro 4,5 5,0 – 478
Fevereiro 4,1 4,0 + 78
Março 5,2 5,5 – 280
Abril 4,7 4,6 + 121
Maio 5,4 5,1 + 209
Junho 5,0 4,8 + 276
Julho 4,9 4,5 +108
Agosto 5,7 5,1 +625 Setembro 4,7 4,1 +594
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