B3 lança serviço de precificação de debêntures

Ferramenta, que faz parte da plataforma de dados paga "Up2data", visa estimular a liquidez do mercado e a consequente negociação dos papéis

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

SÃO PAULO – A B3 anunciou nesta quinta-feira (30) o lançamento de um serviço de precificação de debêntures, títulos de renda fixa corporativos. Com a ferramenta, que é paga, a Bolsa passa agora a calcular diariamente os preços de cerca de 900 emissões. Atualmente, gestores utilizam a precificação divulgada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) como referência para a marcação a mercado.

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Incluso no produto de dados pago “Up2data”, o serviço disponibiliza dados cadastrais, agenda com fluxos de pagamento e negócios diários do mercado secundário para todas as emissões públicas dos papéis, bem como informa o preço de referência diário para debêntures.

Ao InfoMoney, a Bolsa disse que está trabalhando em um serviço para investidores pessoa física, que ainda não está disponível.

A metodologia própria de apreçamento inclui os preços negociados e atribuição de perfil de risco de crédito. “A divulgação dos preços das debêntures estimula de forma significativa a liquidez do mercado e a consequente negociação desses papéis”, afirma Adolpho Bianchi, superintendente de produtos, serviços de tecnologia e market data da B3, em nota.

Segundo Bianchi, a combinação de aspectos de marcação a mercado (atualização diária de preço) e de marcação a modelo (modelo teórico de apreçamento) visam chegar no preço “mais fiel possível à condição daquele papel no mercado”.

O anúncio da B3 ocorre em linha com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do “Orçamento de Guerra”, que cria um orçamento separado para o combate à pandemia dentro do orçamento geral da União, e autoriza o Banco Central a comprar dívidas de empresas (na forma de debêntures, carteiras de créditos e CDBs, por exemplo), durante a crise, de forma secundária, para ampliar a liquidez do mercado de crédito privado.

Em março, a derrocada dos mercados financeiros por conta do coronavírus levou a uma forte reprecificação no mercado de títulos privados, provocada por uma pressão vendedora com investidores em busca de liquidez.

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