Atenção dos investidores deve se voltar para bolsa em 2013, diz Telegraph

Especialistas acreditam que mercado acionário deve crescer e que China deve retomar crescimento mais acelerado neste ano

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – Uma das marcas do início de um ano é o otimismo que transborda em todas as pessoas e em todos os aspectos de uma nação. A ideia de ter 365 novas possibilidades faz com que muitos criem expectativas, e o mesmo acontece no mundo dos investimentos, principalmente depois de um ano instável como foi 2012. Sendo assim, o site The Telegraph abordou alguns especialistas para saber o que se passa em suas “bolas de cristais” para o ano de 2013.

E o ponto em que todas as opiniões convergiram foi em relação à situação econômica mundial. Apesar de haver muitos pontos de incerteza, já é possível vislumbrar uma melhora no cenário global, o que tem deixado alguns investidores mais à  vontade para aplicar no mercado de ações. “Deve ocorrer uma desaceleração na primeira parte do ano, mas sem o tipo de colapso que vimos em 2008, e deve ser seguido por uma recuperação gradual do crescimento”, afirma Willem Sels do HSBC Private Bank. “Essa mudança, juntamente das incertezas políticas que estão atrás de nós, deve encorajar os investidores a ter mais interesse em ativos de maior rendimento, como as ações”, continuou.

Situação chinesa
Depois de uma década de altos níveis de crescimento, o C dos BRICs assistiu sua economia patinar em 2012, deixando muitos investidores céticos, já que no caso do Brasil o setor de commodities tem uma forte relação com a economia chinesa pelo fato dela ser a maior compradora do minério de ferro e de outras matérias-primas brasileiras. No entanto, especialistas veem 2013 como um ano mais calmo para a China.

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“A perspectiva para os mercados emergentes como um todo melhorou significativamente agora que a economia mundial e a da China, em particular, estão mostrando sinais claros de recuperação”, explica o estrategista de mercados da ING Investment Management, Maarten-Jan Bakkum.

Já o diretor da China Fidelity Investment Trust, Anthony Bolton, se mostrou mais cauteloso. “A natureza e a qualidade do crescimento da China estão mudando. O modelo de exportação e de investimento está sendo gradualmente substituído por um modelo movido pelo consumo. Isso significa que o crescimento econômico no futuro será menor, mas a qualidade deve ser maior”, pontua.

Tempestade europeia
Já o continente europeu deve continuar instável neste ano, de acordo com previsões de especialistas. Para o head da Netuno, Rob Burnett, houve progresso no continente, mas para que a crise encontre seu fim é preciso uma reforma significativa, com menores custos trabalhistas na periferia da zona do Euro.

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“Economicamente, a União Europeia está no caminho certo. Os principais problemas são políticos – e será importante manter a o governo grego no poder e evitar grandes mudanças políticas na Espanha e na Itália. Desde que os riscos políticos possam ser contidos, Espanha e Itália podem não precisar da ajuda do Banco Central Europeu (BCE) em 2013”, comenta Burnett.

No entanto, a preocupação não se limita apenas à dívida da zona do Euro. Para o comitê de estratégia de investimento da Lombard Odier é esperada uma rotação da crise da dívida passando da Europa para o Japão durante este ano.