As melhores aplicações para quem quer ter renda periódica

Fundos imobiliários, ações que distribuem dividendos e juros sobre capital próprio e títulos do Tesouro Direto que pagam juros semestrais são opções

Diego Lazzaris Borges

Crédito: Shutterstock

SÃO PAULO – Muitas pessoas que investem estão atrás de uma renda que seja creditada na conta de tempos em tempos. Pode ser mensal, semestral ou ter alguma outra periodicidade – o importante é que o rendimento fique disponível para ser utilizado.

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O assessor de investimentos Rodrigo Marcatti, da Veedha Investimentos, destaca três aplicações com essa característica: os fundos imobiliários, as ações que distribuem dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) e os títulos do Tesouro Direto que pagam juros semestrais.

Veja as principais características de cada uma delas a seguir:

Fundos imobiliários

Estes fundos geralmente são donos de grandes empreendimentos comerciais como lajes corporativas, shoppings centers, hospitais, agências bancárias ou galpões logísticos. Praticamente todo dinheiro que os gestores recebem alugando esses imóveis são repassados aos cotistas – pela regra, os fundos são obrigados a distribuir 95% da renda.

Por isso, esse tipo de aplicação costuma ser a mais indicada para quem precisa de renda todo mês e com alguma previsibilidade.  “O fundo imobiliário é o investimento mais efetivo para quem vai precisar do dinheiro de forma programada. Se você precisa de um complemento na renda mensal para pagar contas, por exemplo, este é o produto mais efetivo”, diz Marcatti.

Uma das grandes vantagens do fundo imobiliário é que a renda proveniente da aplicação é isenta de Imposto de Renda para os investidores pessoa física. Portanto, todo valor é creditado na conta sem nenhum tipo de desconto, diferente do Tesouro Direto que paga juros semestrais – neste caso, o investidor recebe o rendimento com o desconto de IR.

Mas é importante lembrar que apesar de terem uma distribuição periódica de renda, os fundos imobiliários não são uma aplicação de renda fixa. Isso porque suas cotas são negociadas na bolsa e mudam de preço diariamente, assim como uma ação.

Ações que pagam dividendos ou JCP

Outra aplicação muito procurada por quem quer ter uma renda periódica são as ações que pagam bons dividendos ou juros sobre capital próprio. Neste caso, porém, a previsibilidade é menor do que nos fundos imobiliários, já que não existe uma periodicidade definida.

“É ideal quando a pessoa precisa apenas de um bônus na sua renda, mas não conta com isso mensalmente para suprir suas necessidades”, afirma Marcatti. No caso dos dividendos, a renda também é isenta de Imposto de Renda. Já no JCP há cobrança de IR do investidor.

As empresas que mais pagam dividendos aos investidores são aquelas que têm uma forte geração de caixa e muitas vezes estão no setor de utilities (energia, água, gás). O setor de concessão de rodovias também costuma ter boas pagadoras.  Mas o investidor precisa ter perfil para investir. “São ações que costumam ter menos volatilidade, mas ainda assim é renda variável. Então é importante investir pensando no longo prazo”, aconselha o assessor.

Também é preciso ficar atento com possíveis mudanças na regulação. “Tivemos no passado aquela ‘canetada’ que prejudicou a distribuição de dividendos da empresas de energia elétrica, por exemplo. Elas eram consideradas ótimas pagadoras e foram diretamente afetadas com as mudanças”, lembra.

Em 2013, a então presidente Dilma Rousseff mudou a legislação do setor elétrico, o que impactou diretamente o resultado das companhias e, consequentemente, a distribuição de dividendos aos investidores.

Para saber quais são as melhores opções, é interessante acompanhar as recomendações e relatórios das corretoras.

Tesouro Direto com juros semestrais

Existem atualmente dois títulos no Tesouro Direto que pagam renda semestral: o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029.

Neste caso, como o próprio nome diz, a renda é creditada na conta do cliente a cada seis meses. Segundo o assessor, esta é uma boa opção para quem quer previsibilidade da renda, já que o valor é sempre igual e o investidor fica sabendo na hora que faz a aplicação.

“As vantagens são que a renda não tem oscilação e o investidor tem a liquidez do Tesouro Direto”, diz Marcatti .

Além disso, ele lembra que esta é uma boa opção para quem está começando a investir, já que o produto está acessível para investidores com poucos recursos – a aplicação inicial do Tesouro Prefixado que paga juros semestrais e vence em 2029 era de R$ 32 nesta segunda-feira (11).

Mas é preciso se atentar para um ponto: este tipo de aplicação tem volatilidade no preço do título. Então se você comprar hoje e resolver vender antes do vencimento pode até ter perdas. Por isso, o ideal é manter sempre até o vencimento – neste caso, não há risco de perder dinheiro e você receberá os juros a cada semestre.

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Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip