As ações mais indicadas para junho: GGBR4 entra na lista liderada por PETR4

Nove das dez carteiras analisadas pelo InfoMoney têm a Petrobras

Leonardo Guimarães

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Maio foi o segundo pior mês da Bolsa brasileira no ano. O Ibovespa, principal índice de ações do País, amargou queda de 3,04%. Os juros nos Estados Unidos, que devem começar cair somente no último semestre do ano, seguem pautando o mercado local. 

No noticiário microeconômico, a Petrobras (PETR3, PETR4) foi destaque com Magda Chambriard assumindo o comando da estatal. Os papéis da empresa recuaram em maio, mas especialistas acreditam na retomada da ação no ano. Assim, o ativo virou quase unanimidade entre as corretoras. 

Com isto, a lista de ações mais recomendadas pelas corretoras tem uma nova líder em junho: a petroleira teve nove recomendações. No restante da carteira, apenas duas mudanças: sai BTG Pactual (BPAC11), que havia sido incluída no mês passado, e entra Gerdau (GGBR4). 

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Vale (VALE3) perdeu uma recomendação na comparação com o mês passado e deixou a liderança da lista. Itaú (ITUB4) é, agora, o único banco do ranking, que tem empresas do varejo, saneamento básico e construção civil. 

Todos os meses, o InfoMoney analisa as carteiras recomendadas por dez corretoras, apontando as cinco companhias mais indicadas. Em caso de empate, o número pode ser maior, como ocorreu novamente. Confira a seguir as oito empresas mais citadas em junho, a quantidade de recomendações e os desempenhos de cada papel em maio e no ano:

EmpresaTickerNº de recomendaçõesRetorno em maio (%)Retorno em 2024 (%)
PetrobrasPETR49-7,6812,83
ValeVALE36-0,14-18,13
ItaúITUB45-1,05-8,65
SabespSBSP34-8,61-2
GerdauGGBR43-0,82-8,53
Lojas RennerLREN33-14,41-24,68
CyrelaCYRE33-5,86-20,63
WegWEGE33-3,341,73
Fontes: Ágora, Ativa, BB Investimentos, BTG Pactual, Genial, Guide, Órama, Santander, Terra Investimentos e XP Investimentos

Petrobras (PETR4)

Houve muita desconfiança do mercado após a mudança de comando na estatal. As ações da empresa recuaram 7,98% em maio. Mas, para o BB Investimentos, “as primeiras sinalizações (da nova presidente) indicaram que os rumos a serem adotados são positivos, com reforço da continuidade de dimensões importantes do plano estratégico 2024-28, como a política comercial, o investimento em energias renováveis e a reposição de reservas”.

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Vale (VALE3)

As ações da gigante da mineração andaram de lado no mês passado, mas a Guide confia na diversificação geográfica e de atividade da empresa: “a companhia está envolvida em projetos de exploração mineral greenfield em seis países e opera um sistema de logística no Brasil e no mundo integrados a suas operações de mineração, permitindo assim entrega de seus produtos em diversos países”, diz relatório da corretora.

Itaú (ITUB4)

A ação da empresa liderada por Milton Maluhy é a preferida do Santander no setor bancário. O preço-alvo para o papel foi revisado recentemente pelo banco, subindo de R$ 38 para R$ 44. A ação do Itaú fechou maio cotada a R$ 31,01. “Olhando para o futuro, prevemos que o Itaú volte a acelerar a concessão de empréstimos em segmentos específicos, principalmente agora que estabilizou a inadimplência da sua carteira de crédito”, destaca o Santander.

Sabesp (SBSP3)

Considerada uma ação defensiva, já que o serviço da empresa é indispensável, mesmo em momentos de crise, SBSP3 se destaca pelo volume. “A companhia atende 375 dos 645 de São Paulo, cobrindo aproximadamente 70% da população, são quase 28 milhões de pessoas com o abastecimento de água e 25 milhões em coletas de esgoto”, diz relatório da Guide. 

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Gerdau (GGBR4)

O papel da produtora de aço foi incluído na carteira da Ativa Investimentos em junho, “após a excelente performance no 1T24”, destaca a corretora. “Mesmo sob um cenário desafiador, a empresa conseguiu excelentes margens, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, e acreditamos que a Gerdau será capaz de manter o desempenho ao longo dos próximos trimestres”, conclui o documento. 

Lojas Renner (LREN3)

O BTG Pactual aposta na ação da varejista, apesar da desaceleração das vendas nos últimos trimestres, do cenário desafiador para o consumo discricionário e is impactos das inundações no Rio Grande do Sul. “Ainda vemos a Renner bem posicionado para ganhar participação de mercado no fragmentado segmento de varejo de vestuário no Brasi”. O banco ainda vê o negócio de financiamento da Renner “como um beneficiário de potenciais cortes nas taxas de juros”. 

Cyrela (CYRE3)

A ação da construtora é mais uma com preço-alvo elevado recentemente pelo Santander, de R$ 32 para R$ 33. Entre os motivos para a recomendação de compra, o banco destaca o lançamento de “projetos com bons níveis de acessibilidade, juntamente com uma corretora proprietária para sustentar o sólido desempenho de vendas”, sua posição no Minha Casa Minha Vida via Vivaz, Cury e Plano & Plano e “valuation atraente”. 

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Weg (WEGE)

A Ágora de Investimentos espera que a empresa entregue margem Ebitda (proporção do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização em relação à receita líquida) de 21,4% em 2024. “A Weg já demonstrou sua capacidade de manter margens Ebitda resilientes acima da média histórica recente, apoiada em preços estáveis de matérias-primas e melhor mix de portfólio, beneficiando-se também da forte demanda por equipamentos de ciclo longo, especialmente no segmento de transmissão e distribuição”, diz relatório da corretora.