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As 5 ações “campeãs” (até agora) para investir nos EUA após temporada de balanços

Empresas americanas continuam com resultados resilientes em meio aos juros altos, mas algumas surpreenderam no quarto trimestre e na projeção para os próximos

Monique Lima

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Com mais de 90% dos balanços divulgados, o S&P 500 se encaminha para uma temporada de sucesso, com crescimento do Lucro Por Ação (LPA) em relação às expectativas do mercado – que deu uma “mãozinha” ao baixar as estimativas. Falta pouco para saber o realizado oficial, mas o indicador foi a US$ 54,83 para o 4º trimestre de 2023. Embora abaixo do 3º tri, de US$ 58,18, mostra ganho de 4% em um ano.  

Mantida a tendência, será o segundo trimestre consecutivo de ganho no LPA médio das empresas do S&P 500. Antes disso, acumulava três períodos consecutivos de saldo negativo. Para 2024, as projeções estão bastante otimistas, chegando a um pico de US$ 64,5 no fim do ano.  

“Os resultados foram acima do esperado como um todo. Algumas expectativas foram revistas para baixo, mas isso mais para companhias menores, regionais. Para as grandes empresas, não. O nível de expectativa ainda era alto para essas”, diz Thiago Guedes, diretor de negócios da Bridgewise. 

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Entre os destaques da temporada estão empresas que divulgaram boas expectativas para os próximos meses, ou que mostraram resiliência, com crescimento e aumento no retorno aos acionistas em meio a uma economia ainda adversa. Confira cinco nomes que saem, até aqui, como “campeões” da temporada de balanços dos EUA.

Nvidia (NVDA)  

“O sucesso da Nvidia nesta temporada é indiscutível. Foram números de receita e geração de caixa muito fortes e nenhum par chega próximo. O lucro foi tão grande que a relação P/L [preço por lucro] diminuiu. Na prática, a ação ficou mais barata”, diz Guedes.  

Foi o quinto trimestre consecutivo de crescimento da receita, com um avanço de 265% na comparação anual. Para o próximo trimestre, a empresa projetou um crescimento ainda maior de receita e margem operacional. As ações subiram 16,4% após o balanço.   

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O diretor da Bridgewise acredita que ainda há espaço para mais valorização – em 2024 as ações já subiram 66% – devido à forte demanda pelos chips relacionados à inteligência artificial e à falta de concorrência na comercialização desses produtos.

Meta (META)  

Paulo Gitz, estrategista Global da XP, destacou a Meta pelos bons resultados de receita, crescimento no número de usuários dos seus aplicativos e projeção elevada para o próximo trimestre. Além disso, a empresa aumentou o seu programa de recompra de ações e anunciou o pagamento do seu primeiro dividendo, de US$ 0,50 por ação.  

Assim como aconteceu com a Nvidia, a repercussão no mercado foi positiva, com alta de 20% nas ações após o balanço. No ano, a valorização é de 41%. Sobre crescimento futuro, a perspectiva é menos certa. Os especialistas veem mais chance de volatilidade nos papéis e no desempenho da empresa.  

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Colgate-Palmolive (CL)  

Bicentenária do setor de consumo básico, a Colgate-Palmolive está no grupo de empresas consolidadas e resilientes do S&P 500. Nesta temporada ela surpreendeu ao entregar o seu 18º crescimento de receita consecutivo. “É um marco de estabilidade e também demonstra potencial de crescimento mesmo com o cenário desafiador”, diz Guedes.

O Fluxo de Caixa Livre cresceu em US$ 487 milhões para US$ 939 milhões em um ano. O retorno aos acionistas referente ao quarto trimestre de 2023 se dará por meio de recompra de ações (US$ 245 milhões) e de dividendos (US$ 0,48 por ação).  

Walmart (WMT)  

O Walmart conseguiu surpreender na receita e no LPA, que avançaram na janela anual e vieram acima das expectativas. “À medida que a inflação pesa sobre o consumidor e o crescimento dos salários se modera, o gasto médio do consumidor cai. Apesar disso, a varejista tem conseguido ganhar participação de mercado e crescer no segmento online para compensar os efeitos macroeconômicos adversos”, diz Gitz. 

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A empresa comprou a fabricante de smart TVs Vizio e com isso terá um quinto do mercado de TVs nos EUA. A XP espera ganho de receita com anúncios para o futuro. Para 2024, a projeção do Walmart é de crescimento, mesmo que moderado (entre 3% e 4%). Já com os dividendos a empresa é mais generosa, com aumento de 9%, o maior em mais de uma década.  

Novo Nordisk (NVO)  

A farmacêutica por trás de Ozempic e Wegovy apresentou surpresas positivas em sua receita e lucro no quarto trimestre de 2023, com demanda ainda crescente por seus medicamentos para diabetes e obesidade. “A empresa, que se tornou a mais valiosa da Europa, tem poder de determinação de preços, ainda que essa vantagem venha se reduzindo com a entrada de concorrentes no segmento”, diz Gitz.  

A projeção de crescimento para 2024 é alta, de 18% para as vendas de Ozempic e de 26% nas vendas de Wegovy. Os analistas ainda veem algumas travas de regulamentação, principalmente por parte dos planos de saúde. O tratamento não é subsidiado e tem alto custo individualmente.   

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