Após março fora da curva, retorno do fundo Verde perde força em abril; gestora reduz posição em juros globais

Por outro lado, a casa manteve a alocação comprada em inflação implícita no Brasil e em petróleo via opções

Bruna Furlani

Luis Stuhlberger (Foto: Germano Lüders)

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Após avançar mais de 4% em março, no seu melhor resultado em 12 meses, o retorno do fundo Verde, da gestora homônima comandada por Luis Stuhlberger, terminou abril com rentabilidade menor: 1,02%. Em carta divulgada a clientes, a Verde Asset destacou que as perdas no mês vieram da alocação em bolsa local.

Por outro lado, os analistas da casa pontuaram que posições tomadas em juros (apostando na alta) nos mercados desenvolvidos, além de alocações compradas (que esperam valorização) de opções de petróleo ajudaram a garantir retornos positivos.

Hedges (proteção) em bolsa global e compra de inflação implícita no Brasil – com operações em que os gestores ganham quando a expectativa de inflação sobe ao longo do tempo – também contribuíram para os ganhos do fundo em abril.

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A virada do mês também foi de mudanças na alocação do fundo Verde. Segundo a carta, a gestora começou a reduzir posições tomadas em juros nos Estados Unidos e em menor medida, na Europa.

Sem oferecer muitos detalhes sobre a razão da alteração, a Verde disse apenas que o processo de aperto das condições financeiras globais seguiu “inabalado” em abril, o que derrubou praticamente todos os ativos de risco.

Na avaliação da casa, os mercados têm se deparado com um ambiente de menor liquidez, o que contribui para o que eles chamam de “círculo vicioso”. Para a Verde, isso afeta especialmente os preços de ações, spreads de crédito, moedas (fora o dólar) e commodities. “É um ambiente extremamente desafiador para se navegar”, afirmam os especialistas.

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Apesar de ter feito algumas mudanças, a Verde disse que manteve a alocação comprada em inflação implícita no Brasil e em petróleo via opções. A casa também destacou que as alocações de Bolsa seguem focadas em ações brasileiras.

A gestora, no entanto, observou que o fluxo estrangeiro que tinha beneficiado a Bolsa brasileira nos primeiros meses do ano registrou uma reversão da tendência em abril.

Segundo a Verde, embora o mercado esteja atuando como “passageiro” da aversão a risco global, as notícias vindas do Brasil também não “colaboram, com renovadas discussões populistas à medida que o ciclo eleitoral se aproxima”.

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