Após B3, FTSE e Teva também excluem Americanas de índices de ações

Até o momento, companhia será retirada de mais nove índices

Katherine Rivas

Loja da Americanas (Foto: Divulgação)

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Após a B3 anunciar na tarde desta quinta-feira (19) que vai retirar Americanas (AMER3) de 14 índices, por conta de a companhia estar em recuperação judicial, outras provedoras no País também se preparam para fazer o mesmo movimento.

É o caso da FTSE Russell, que tem o índice FTSE Global All Cap, replicado pelo ETF WRLD11, da gestora Investo. Leonardo Maranhão, especialista de índices da FTSE Russell, confirmou ao InfoMoney que a varejista deve ser excluída. A companhia será retirada do índice na abertura dos negócios do pregão de 24 de janeiro.

A varejista tinha uma participação pequena no índice – de 0,00034%. Segundo Maranhão, o peso será redistribuído proporcionalmente entre os outros integrantes da carteira.

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De acordo com a metodologia da FTSE Russell, quando uma ação é excluída de algum dos índices, precisará de 12 meses para voltar a se tornar elegível para as carteiras.

A FTSE também removeu Americanas (AMER3) de quatro índices-base, são estes: FTSE All Word Index, FTSE MPF All Word Index, FTSE Global Mid Cap Index e FTSE Emerging Index.

Maranhão explica que estes quatro índices-base servem como referência para a composição e metodologia de outros índices menores. Por exemplo, o FTSE All Word serviu como referência para a criação do FTSE Global All Cap, replicado pelo ETF da Investo. “Ao Americanas ser excluída dos índices-base, automaticamente será eliminada de outros índices da FTSE também”, destacou.

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Além da FTSE, a Teva Índices anunciou por meio de comunicado que Americanas será excluída de quatro dos índices da provedora: o Índice Teva Mulheres na Liderança, o Índice de Ações Tech Brasil, o Índice Bolsa Sem Estatais e Índice Grandes Gurus do Mercado.

A exclusão de AMER3 destes índices ocorrerá após o fechamento do pregão de sexta-feira (20) e considerará o preço de fechamento do ativo nesta data, informou a Teva. O peso do ativo excluído será redistribuído nos demais ativos da carteira na proporção de pesos da carteira teórica de fechamento da sexta-feira (20).

O índice Teva Mulheres na Liderança é replicado pelo ETF ELAS11, da Safra Asset. A estratégia é focada em liderança feminina e leva em consideração a presença de mulheres em conselhos, diretorias e comitês.

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Já o índice Grandes Gurus do Mercado é espelhado pelo ETF  GURU11, da Inter Asset. Este replica a carteira dos principais gestores de fundos de ações do mercado brasileiro com performance histórica consistente.

Enquanto o Índice de Ações Tech Brasil é replicado pelo ETF TECB11, gerido pela Magnetis. Os planos para o Índice Bolsa Sem Estatais eram servir como referência para o ETF NOGV11, também da Inter Asset, mas o fundo não chegou a estrear no mercado e teve a sua oferta cancelada em novembro de 2022.

A Teva Índices esclareceu ainda que nenhuma debênture da Americanas faz parte da carteira do Índice Teva Debêntures DI, replicado pelo ETF de Renda Fixa DEBB11 e, portanto, não haverá qualquer impacto em sua composição.

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A S&P Dow Jones Índices também é outra provedora que tem a varejista nas carteiras dos índices, como noticiado nesta reportagem.

Esta reportagem será atualizada com o posicionamento de outras provedoras de índices em relação a exclusão da varejista.

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Katherine Rivas

Repórter de investimentos no InfoMoney, acompanha ETFs, BDRs, dividendos e previdência privada.