Bitcoin caiu 10%, mas ainda está “sobrecomprado”, alerta JPMorgan

Cripto pode recuar por causa da realização de lucro dos investidores, segundo instituição financeira

Lucas Gabriel Marins

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O Bitcoin (BTC) permanece em território “sobrecomprado” apesar da forte correção de 10% desde sua máxima histórica de US$ 73.798 na semana passada, disse o JPMorgan em relatório divulgado na quinta-feira (21).

Quando um ativo financeiro está sobrecomprado, significa que seu preço valorizou rápido demais em um curto período, e geralmente sinaliza para uma nova queda.

De acordo com a instituição financeira, é provável que a criptomoeda siga caindo até próximo do halving, atualização programada para abril que reduzirá pela metade a emissão de novas unidades de Bitcoin. Até lá, diz o JPMorgan, investidores deverão continuar realizando lucros.

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O Bitcoin passa por correção desde o final da semana passada. A queda coincidiu com a diminuição na demanda pelos ETFs (fundos de índice) à vista de Bitcoin dos Estados Unidos, liberados para negociação no dia 11 de janeiro.

Um valor líquido de US$ 742 milhões saiu dos ETFs entre a segunda-feira (18) e a quarta-feira (20), puxado principado pelas retiradas no Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), o fundo fechado da gestora Grayscale que foi transformado em ETF após decisão judicial.

Segundo dados da Bloomberg, os ETFs registraram US$ 11,3 bilhões em entradas líquidas até o momento. No entanto, o GBTC sozinho registrou saídas de US$ 13,6 bilhões.

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“O ritmo das entradas líquidas em ETFs de Bitcoin à vista desacelerou acentuadamente, com uma saída significativa na semana passada”, escreveu o JPMorgan no relatório. “Isso desafia a noção de que o quadro de fluxo dos ETFs à vista de Bitcoin será caracterizado como um fluxo líquido unidirecional sustentado”.

Por volta das 13h, o Bitcoin operava em queda de 6%, a US$ 63.110, segundo o agregador CoinGecko. As altcoins (termo usado para identificar qualquer cripto diferente do BTC) também estão no campo negativo hoje, com destaque para a Solana (SOL), que cede mais de 10% frente à cotação de 24 horas atrás.

Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney